A ida ao açougue em 2021 virou um verdadeiro pesadelo para as famílias brasileiras. No acumulado do ano, as carnes ficaram 9,98% mais caras e as aves e os ovos, possíveis proteínas substitutas, dispararam 24,8% no mesmo período.
As variações foram apresentadas nesta semana pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15), que aponta para uma inflação de 10,4% no acumulado dos últimos 12 meses, a maior alta anual desde 2015.
Conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a alta no preço das carnes foi guiada pelos cortes filé-mignon (+25,23%) e peito (15,11%).
O preço da alcatra, do patinho, da picanha e do contrafilé tem variações que superam os 14%. Na sequência, aparecem a pá, o chã de dentro, o músculo, o cupim, a carne de carneiro e o lagarto comum, todos com altas maiores que 12% desde janeiro.
A costela (+9,97%), o fígado (+9,25%), o acém (+8,64%) e o lagarto redondo (+6,82%) figuram com altas inferiores à variação total das carnes no acumulado dos últimos 12 meses.
Por outro lado, ficou mai baixo ao longo deste ano o preço cobrado pela capa de filé e pela carne de porco, com deflação de, respectivamente, 4,03% e 5,4%.
Potenciais fontes de proteína para substituir as carnes vermelhas, as aves e os ovos (+24,82%) e as carnes e peixes industrializados (+12,44) aparecem com variações maiores de preço nos últimos 12 meses. No período, o frango inteiro saltou 20,11%, enquanto a opção em pedaços disparou 31,93%.
Outra fonte alternativa de proteína, os ovos ficaram 13,77% mais caros no último ano. Os pescados, por sua vez, têm uma variação de 6,45% no período e podem ser uma boa opção para o bolso.
Ainda que só o caranguejo (-0,41%) tenha apresentado variação negativa de preço no ano, a corvina (+0,68), a anchova (+1,66%), o camarão (+3,4%), o cação (+5,31%) e a merluza (+7%) são exemplos de proteínas com variação inferior à apresentada pelas carnes.
R7