SÃO PAULO, SP, 07.01.2021 - VACINA-CORONAVÍRUS-SP: O Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, anunciou nesta quinta-feira (7) a eficácia de 78% da vacina Coronavac contra o novo coronavírus (Covid-19), com isso iniciou o pedido de uso emergencial do imunizante para Anvisa (Agência Reguladora Nacional de Vigilância Sanitária, e espera que o pedido seja aceito entre está quinta-feira e sexta (8). (Foto: Adriana Toffetti/A7Press/Folhapress).

Duas doses da Coronavac induziram níveis “inadequados” de proteção contra a variante Ômicron do coronavírus, indicaram resultados preliminares de um estudo conduzido pela Universidade de Hong Kong, na China. Os pesquisadores recomendaram que o público receba uma terceira dose da vacina produzida pela chinesa Sinovac, enquanto novos ensaios são realizados para verificar a eficácia do profilático.

Os testes avaliaram a produção de anticorpos em 25 indivíduos que receberam o imunizante e concluíram que nenhum deles obteve proteção suficiente para neutralizar a Ômicron.

Entre outras 25 pessoas que tomaram a vacina fabricada por Pfizer e BioNTech, apenas cinco desenvolveram atividade neutralizante capaz de conter a cepa, ainda de acordo com o estudo. Nesse caso, a eficácia do produto das duas farmacêuticas ocidentais ficou entre 20% e 24%, disseram os especialistas.

“A variante Ômicron do vírus foi capaz de reduzir a eficácia de duas doses da vacina contra a covid-19, particularmente a Coronavac. Portanto, os que receberam a vacina ou mesmo os pacientes recuperados da covid podem estar em maior risco de contrair a doença ou reinfecção”, destacou o comunicado.

A pesquisa foi conduzida por pesquisadores do Departamento de Microbiologia da Universide de Hong Kong (HKU, na sigla em inglês) e teve publicação aceita na revista médica Clinical Infectious Diseases. O trabalho recebeu financiamento do governo de Hong Kong.

A Coronavac é um dos imunizantes contra o coronavírus mais utilizados no mundo, particularmente em países emergentes. No Brasil, o produto é fabricado em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo