Homem precisou de atendimento hospitalar por conta das lesões(Foto: Reprodução)

Familiares questionam hematomas e sinais de espancamento em um dentista preso em Picos por embriaguez ao volante. A condução à Central de Flagrantes aconteceu por meio da Polícia Rodoviária Federal, que alegou que o homem teria resistido à prisão, e mesmo algemado, tentou contra os agentes.

Ao serem informados da prisão do homem, a esposa e o sogro do mesmo, se dirigiram à delegacia para fazer o pagamento da fiança. Ao chegarem à unidade, eles relataram que encontraram o preso com hematomas em várias partes do corpo, e ainda com traumatismo craniano.

À reportagem do Portal Grande Picos, o delgado de Polícia Civil, Rodrigo Morais, fala que o caso está sendo investigado e que se houve agressões, não foi enquanto o mesmo estava preso na Central de Flagrantes.

O delegado contou como o homem chegou à unidade policial, conduzido pela PRF.

“No dia 13 de agosto, um cidadão foi conduzido via acusação de estar embriagado, dirigindo um veículo automotor, e ele, inclusive, se recusou a fazer o teste do bafômetro. Estava totalmente transtornado, totalmente fora de si. Não teve condição de ser interrogado, não teve condição de assinar nota de culpa. Foi feito o procedimento de praxe contra ele, arbitrado uma fiança, que foi paga e ele foi liberado prontamente, e todos os policiais que estavam de plantão nesse dia, aqui na delegacia de Picos, são pessoas de reputação ilibada, são pessoas que têm um histórico de serviços prestados à instituição, e que de forma alguma seriam capazes de praticar um ato de violência contra um preso, conduzido, ou investigado”, disse.

Rodrigo Morais disse que nenhum preso sofreu qualquer tipo de agressão na delegacia, e que, inclusive, foi solicitada ao Ministério Público, a instalação de câmeras de segurança no prédio que sedia a Delegacia de Polícia Civil da cidade, cuja finalidade principal é preservar os agentes policias.

“Eu quero instalar essas câmeras para que preserve todos os policiais aqui lotados, desse tipo de acusação”, acrescentou.

O delegado disse ainda que nenhum parente do dentista o procurou para relatar a acusação de supostas agressões. E que a solicitação da apuração dos fatos partiu dos agentes que estavam de plantão no dia 13 de agosto, data da condução do dentista.

“Eles [os agentes] me procuraram e pediram para que o fato fosse esclarecido. Eles estão redigindo um ofício que será direcionado à Delegacia Regional, pedindo esclarecimento sobre o fato. Eles não estão se omitindo da lei, estão pedindo o descortinamento, a elucidação do fato, porque um fato como esse, em toda imprensa piauiense, quer queira, quer não, cria os seus dissabores”.

Moraes pontuou também que será apurado se há possibilidade de o homem ter sido agredido por outros presos. “É uma possibilidade que não pode ser descartada e será devidamente averiguada”, concluiu.

CONFIRA A ENTREVISTA COM RODRIGO MORAES