O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) deflagrou, nesta quarta-feira (9), operação de combate a crimes de abuso e exploração sexual praticados na internet contra crianças e adolescentes. Ao todo, são cumpridos 176 mandados de busca e apreensão em 18 estados e cinco países.
Os mandados são cumpridos em SP, RJ, PA, ES, RO, MT, PR, CE, GO, MS, SC, RN, AL, PI, BA, MA, AM, RS, além da Argentina, Estados Unidos, Paraguai, Panamá e Equador.
No Brasil, a operação conta com apoio da Polícia Civil. Nos demais países, “agentes de aplicação da lei” participam da investigação, além de embaixadas, segundo o ministério.
Até as 12h, 41 pessoas foram presas em flagrante no Brasil (27), Paraguai (4) e Argentina (10). O número pode aumentar ao longo do dia, durante o cumprimento dos mandados. Rio Grande do Sul, Ceará, Paraná e Pará são alguns dos estados onde ocorreram prisões.
A informação inicial era de que a operação ocorreria em 17 estados e que seriam cumpridos 173 mandados de busca e apreensão. Porém, o estado do Amazonas foi incluído posteriormente, junto a mais três ordens judiciais.
As penalidades para os crimes investigados variam de 1 a 8 anos de prisão. Quem armazena material de pornografia infantil pode cumprir pena de 1 a 4 anos de reclusão. Já para quem compartilha, a pena prevista é de 3 a 6 anos. A punição para quem produz esse tipo de material é de 4 a 8 anos de prisão.
Durante a operação internacional, o secretário de Operações Integradas do Ministério da Justiça, Alfredo Carrijo, afirmou que “a fronteira não é limite para [criminosos] poderem cometer crimes”. Além disso, o coordenador do Laboratório de Inteligência Cibernética da Diretoria de Operações do ministério, Alesandro Barreto, lembrou que as pessoas estão mais conectadas e isso “é um terreno fértil para os criminosos.
“As crianças estão mais conectadas porque têm a educação online. Por isso, é importante a prevenção. Se os pais prestarem atenção com quem os filhos estão conversando, esse crime vai diminuir.”
G1 PI