A Secretaria de Estado da Saúde enviou ofício aos hospitais da rede estadual para o retorno de cirurgias não urgentes. Os procedimentos eletivos haviam sido suspensos após a lotação de leitos de UTI provocada pela “segunda onda” da pandemia de Covid—19 no Piauí.
O ofício foi expedido pela Superintendência de Gestão da Rede de Média e Alta Complexidade. Além das cirurgias eletivas, a Sesapi também recomenda o retorno de procedimentos ambulatoriais.
A Sesapi afirma que, desde o início deste mês, informou às unidades hospitalares sobre a necessidade de retorno gradual das atividades eletivas, mas o planejamento deve ocorrer de forma gradual e respeitando as disponibilidades de medicamentos, EPI’s, insumos e realocação de profissionais da saúde.
“Notificamos nossos hospitais, através de ofício, para que iniciem o processo de planejamento da retomada dos procedimentos eletivos, no entanto, precisamos que os mesmos possuam pessoal e insumos necessários para a realização de cirurgias principalmente”, explica o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.
Para o retorno das cirurgias e consultas eletivas os hospitais precisam enviar um relatório para a superintendência e, após atenderem aos critérios estabelecidos no documento, os mesmos poderão retomar os procedimentos de forma gradual.
“Nunca paramos com alguns serviços como os da maternidade e cirurgias de urgência de março de 2020 a maio de 2021. Agora, precisamos ter a desocupação dos leitos, que são utilizados no pós-operatório para retomar, de maneira gradual, as cirurgias eletivas”, explica Florentino.
4 mil na fila de espera
Em pronunciamento feito nesta quinta-feira (20), a deputada estadual Teresa Britto (PV), que é vice-presidente da Comissão de Educação, Cultura e Saúde da Alepi, afirmou que cerca de 4 mil pessoas aguardam a realização de cirurgias eletivas em hospitais da rede pública.
Segundo a parlamentar, os dados foram obtidos junto à Central de Regulação. A deputada afirma qu , das 4 mil pessoas que aguardam a realização de cirurgias, 1700 são casos específicos de ortopedia.
A deputada cobrou agilidade do governo do Estado para o retorno da cirurgias. Teresa Britto propôs que sejam feitos mutirões para atender imediatamente todos os pacientes que estão na fila de espera.
“Isso tudo foi discutido em audiência pública da Comissão de Saúde. A saúde pública nos obriga a fazer essas cobranças e a entrar com ação civil pública para responsabilizar quem comete essas irregularidades. A saúde não tem preço e nós vamos fiscalizar mais ainda”, afirmou Teresa.
Cirurgias pediátricas
O diretor geral do Hospital Infantil Lucídio Portela, médico Vinícius Pontes, informou ao Cidadeverde.com que “há bastante” cirurgias pediátricas na fila de espera. A direção afirma, inclusive, que já está com o plano de contingenciamento pronto para ser enviado à Sesapi para que o retorno dos procedimentos seja feito.
G1 PI