O Piauí recebeu na tarde desta sexta-feira (14) mais 14.400 doses da Coronavac, que serão destinadas para a vacinação das gestantes com comborbidades. Com o novo lote, o estado conseguirá atender a demanda das segundas doses do imunizante em todos os municípios.
De acordo com um levantamento do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Piauí (Cosems), mais de 100 cidades piauienses estão sem estoque para a aplicação da segunda dose da Coronavac, vacina feita em parceria Sinovac/Butantan.
As 14 mil doses da Coronavac começarão a ser distribuídas a partir deste sábado (15) para imunização das gestantes e das puérperas com comorbidades. A decisão veio após a suspensão da aplicação da vacina Astrazeneca para esse público.
“Com as 29.600 doses da Coronavac recebidas nessa quinta-feira (13) e as outras 9 mil doses que chegaram no sábado (8), o Piauí conseguirá suprir todas as segundas doses do imunizante que os municípios piauienses necessitam, evitando o atraso no cumprimento da imunização da população”, informou o secretário estadual de saúde, Florentino Neto.
O Superintendente de atenção primária a saúde e municípios da Sesapi, Herlon Guimarães, explicou que as novas doses correspondem aos lotes destinados para o ajuste de esquema vacinal e continuidade do Plano Nacional de imunização. A medida, segundo ele, irá impedir que doses continuem atrasadas.
“Inicialmente as 29.600 doses que recebemos estavam destinadas para gestantes, puérperas, pessoas com comorbidades e pessoas com deficiência. Mas na noite de quinta-feira (13), o Ministério da Saúde determinou que essas doses deveriam ser utilizadas para as doses complementares da sua população que estavam com a segunda dose em falta”, explicou o superintendente.
Eficácia mesmo com atraso, segundo o Ministério da Saúde
Em uma nota técnica emitida no dia 26 de abril, o Ministério da Saúde informou que as segundas doses devem ser aplicadas mesmo se atrasadas, e garantiu que não há risco de ineficácia das vacinas caso sejam aplicadas com atraso.
“Por oportuno, informa-se ainda que é improvável que intervalos aumentados entre as doses das vacinas covid-19 ocasionem a redução na eficácia do esquema vacinal. No entanto, atrasos em relação ao intervalo máximo recomendado para cada vacina (4 semanas – Sinovac/Butantan) devem ser evitados uma vez que não se pode assegurar a devida proteção do indivíduo até a administração da segunda dose”, diz a nota do Ministério da Saúde.
Na nota, o Ministério da Saúde afirmou ainda que novas remessas da vacina devem ser enviadas a todos os estados e Distrito Federal na primeira quinzena de maio, para garantir a vacinação completa, com as duas doses, dos grupos prioritários que já iniciaram a vacinação com a vacina Sinovac/Butantan.
G1 PI