O Conselho Regional de Educação Física no Piauí (CREF-PI) pretende recorrer do trecho do decreto do Governo do Piauí que aplica medidas mais restritivas e autoriza o funcionamento das academias apenas de segunda (15) a quarta-feira (17).
O decreto entrou em vigor nesta segunda-feira e visa diminuir a disseminação do novo coronavírus, após a taxa de ocupação dos hospitais atingir mais de 90%. No decreto, as academias só vão poder funcionar até quarta-feira, sendo respeitado o toque de recolher de 21h.
O presidente do CREF-PI, Danys Queiroz, explicou que entende a situação da pandemia, mas destacou que a prática de atividade física é importante para manter uma boa saúde.
O profissional disse ainda que o Governo do Piauí já havia reconhecido em outros decretos que os estabelecimentos que realizam a prática de atividade física prestam um serviço essencial.
“Vou me reunir com o meu setor jurídico para que a gente possa ver que medidas vamos tomar, mas é certeza que nós vamos recorrer. Discordamos do posicionamento do governador, já que ele está tomando uma atitude contrária a própria decisão dele, que já tinha considerado a academia uma atividade essencial”, afirmou.
Danys Queiroz explicou que não existe nenhuma comprovação que as academias são locais de grande transmissão do coronavírus. Ele pontuou que a atividade física é um remédio contra a doença.
“Não tem como abrir só três dias e fechar quatro. A atividade física é um remédio. Imagina o médico mandar você tomar todo dia um remédio, mas você passar três dias tomando e passar outros quatro dias sem tomar. Isso não existe”, disse.
“Esse decreto vai contra os princípios básicos de continuidade. Quero saber qual é a pesquisa que diz que a academia é um ponto de contágio. Estão fazendo o contrário do que a gente pensa ser bom para a saúde”, completou.
Danys Queiroz acredita que a abertura dos estabelecimentos não vai trazer prejuízos. “Muito se fala das ações preventivas, como o uso do álcool, máscara e lavar a mão, mas esquecem de reforçar outras ações importantes como ter uma boa alimentação, beber água, dormir bem e fazer atividade física”, explicou.
Segundo o profissional, a atividade física é o que mais impacta na melhoria da saúde. “Isso não é falta de empatia nossa com a situação das pessoas que estão internadas, dos que estão doentes, mas acredito na importância da atividade no combate ao coronavírus e nós vamos lutar por isso”, destacou.
G1 PI