O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender as contrapartidas na aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de Guerra em podcast publicado nesta terça-feira (2/3) pelo Primocast.

O texto é discutido no Congresso e prevê autorização de recursos para disponibilizar nova rodada do auxílio emergencial — benefício que ajudou famílias de baixa renda na crise fiscal ocasionada pela pandemia da Covid-19.

O Congresso e a equipe econômica vêm se chocando com essa pauta. Enquanto deputados e senadores tentam aprovar a PEC descartando a necessidade de contrapartida fiscal, o ministro insiste que o país entrará em colapso sem essa medida.

De acordo com Guedes, a única compensação fiscal sugerida pela equipe econômica foi o congelamento do salário de servidores públicos por um ano.

“A única contrapartida que pedimos foi essa. Sabe quanto seria isso [para os cofres públicos]? Um total de R$ 150 bilhões. Ficar sem aumento o ano passado e este. Para onde foram esses R$ 150 bilhões? Estados, municípios, hospitais públicos e hospitais universitários”, afirmou.

“Tem o caminho da direita e o caminho da esquerda. Sem conotação ideológica, por acaso é a verdade. Toma aqui o dinheiro da saúde, mas então vai um sacrifício: vamos ficar sem aumento de salário durante um ano? É uma contribuição do funcionalismo, porque no setor privado milhões de pessoas iam perder o emprego”, frisou o ministro.

Guedes relembrou ainda que a aprovação de PEC sem contrapartidas seria repetir o que foi feito no ano passado. “Isso seria caótico para o Brasil. Tentou empurrar o custo para gerações futuras. Os juros começam a subir, acaba o crescimento econômico, começa a confusão de endividamento em bola de neve, confiança dos investidores desaparece, interrompe geração de emprego e renda, aumenta o desemprego”, sustentou.

 

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