Um estudo feito pela Fiocruz, no Rio de Janeiro, mostrou que o mosquito Aedes aegypti não é tão eficiente na transmissão do vírus zika.

O trabalho sugere que a propagação do vírus seja muito mais impactada pela quantidade de mosquitos numa determinada região do que pela capacidade vetorial dele.

A capacidade vetorial está ligada à competência que os insetos possuem de se infectar e transmitir os vírus.

O coordenador do estudo, o pesquisador Ricardo Lourenço, explicou como foi feita a pesquisa, que usou macacos rhesus com o sangue infectado pelo vírus.

Segundo Ricardo Lourenço, a presença maçiça do Aedes em determinados locais pode explicar as epidemias que tivemos no país entre 2015 e 2016.

O pesquisador da Fiocruz, Ricardo Lourenço, ressaltou também que os dados reforçam a importância de medidas de prevenção, como a eliminação dos focos dos mosquitos para interromper a transmissão e a ocorrência de novas epidemias do vírus zika.

Antes da covid-19, o zika foi a última emergência mundial em saúde pública e chegou a atingir 75 países, o que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a recomendar que mulheres adiassem a gestação.

O Brasil foi o país com maior número de casos da doença. A epidemia afetou principalmente o nordeste brasileiro. Milhares de bebês nascidos de mães infectadas pelo vírus desenvolveram microcefalia associada à doença.

O fim da emergência nacional foi anunciado pelo Ministério da Saúde em maio de 2017, diante da redução do número de casos.

No ano passado, uma nova linhagem do vírus da zika foi descoberta circulando no país por pesquisadores da Fiocruz Bahia, reforçando que não se deve relaxar nos cuidados de prevenção ao mosquito.

Agencia Brasil