O diretor técnico do Hospital Regional Justino Luz (HRJL), Tércio Luz, negou que os leitos destinados à pacientes com síndrome respiratória aguda grave (casos suspeitos e positivos para a covid-19) na unidade de saúde, estejam lotados.
A negativa se deve ao fato de um post publicado em uma rede social e compartilhado em vários grupos no comunicador WhatsApp, dar conta de que o HRJL estaria sem leitos vagos para pacientes com covid.
A assessoria de imprensa do hospital divulgou, por volta das 11 horas de hoje (20), os números atualizados da ocupação dos leitos.
Enfermaria: 30 leitos ocupados – a capacidade de internação é para 35 pacientes (05 leitos vagos).
UTIs SRAG:
UTI 01 tem 10 leitos – 04 ocupados
UTI 02 tem 10 leitos- 05 ocupados (total de 11 leitos vagos)
O profissional de saúde disse ainda que há a perspectiva de ocorrerem sete altas na enfermaria covid ainda nesta quarta-feira (20).
2ª onda
Ainda de acordo com Técio Luz, a região de Picos enfrenta uma segunda onda de contaminação do vírus causador da covid-19. Ele fala que a mutação do Sars-Cov 2 está relacionada ao aumento de casos.
“O Hospital Regional Justino Luz teve um período de grande calmaria e diminuição de casos, que foi o mês de dezembro, onde chegamos a ter seis pacientes nas UTIs covides e nove na enfermaria covid. Somado a isso, estamos vivendo a segunda onda da pandemia do coronavírus no Brasil, como outros países vivenciaram, e é uma segunda onda que percebemos que o vírus sofreu mutações e com isso o poder de transmissão dele aumentou e isso impacta em mais pacientes infectados e, consequentemente, mais pacientes internados e mais pacientes graves”, destacou.
O diretor técnico ainda relaciona o aumento no número de pessoas infectadas às festividades do final de ano.
“Fora essa questão da segunda onda, houve um aumento que já era esperado agora no período de janeiro, por conta das festas de fim de ano, que consequentemente, aumenta o número de aglomerações entre as famílias, entre as pessoas e com isso o vírus também se multiplica mais rápido. O que se observa hoje no hospital, em relação às UtIs e a enfermaria, é que a enfermaria tem uma demanda de pacientes que recebem alta da UTI, mas que houve a agregação de mais pacientes internados externamente, e principalmente da microrregião. A maioria dos pacientes hoje internados são de outras localidades”, acrescentou.
Vacina
O diretor técnico destacou que, embora o processo de imunização tenha iniciado, a pandemia ainda é recorrente e os cuidados devem ser mantidos.
“Apesar da vacina, que é um benefício para nós, profissionais da saúde, nesse período da segunda onda, ou seja, iremos enfrentar a segunda onda da pandemia com a vacinação, não podemos deixar de resguardar o distanciamento social, o isolamento, o uso de máscara, a higienização das mãos, pois a vacina demora alguns meses para conseguir o que a gente objetiva, que é a imunidade de rebanho. Somando-se os casos dos pacientes que já tiveram covid e se recuperaram, aos casos daqueles que foram vacinados e construirão imunidade decorrente da vacina, isso leva tempo, porque 70% da população precisa ter imunidade contra o coronavírus para que haja impacto à nível de internação hospitalar de casos graves”, concluiu.