O contrato que o governo Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira (7) com o Instituto Butantan, de São Paulo, para a compra da Coronavac prevê a entrega de 8,7 milhões de doses ao Ministério da Saúde até o dia 31 de janeiro.

Ao todo, são 100 milhões de doses da vacina. A aquisição da Coronavac pelo governo federal gera novo impasse com o Palácio dos Bandeirantes, sede da gestão paulista.

O governador João Doria tem dito que não abre mão de iniciar a vacinação no estado em 25 de janeiro e prevê 60 milhões até o fim de março. Procurados pela CNN, o governo de São Paulo e Butantan não se pronunciaram.

O fechamento do contrato acontece no mesmo dia em que o governo de São Paulo anunciou que o imunizante desenvolvido pela farmacêutica Sinovac em parceria com o instituto brasileiro tem 78% de eficácia.

Também nesta quinta, o Butantan deu início ao processo de pedido à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o registro para uso emergencial da Coronavac no Brasil.

A vacina chinesa foi o centro de uma disputa política travada entre Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Em outubro, o presidente chegou a desautorizar o plano de aquisição futura da Coronavac feito pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sob o argumento de que a vacina não era confiável por causa de sua origem.

Dias depois, no entanto, Bolsonaro recuou e disse que poderia autorizar a compra da vacina produzida pela Sinovac, mas não pelo preço que um “caboclo aí quer”.

 

 

Contrato do governo federal para compra da Coronavac
Contrato do governo federal para compra da Coronavac
Foto: Reprodução