Embora rara, a febre do Nilo Ocidental tem se manifestado do Piauí desde 2014. Em abril deste ano, a Secretaria de Saúde do Estado registrou o sétimo caso da doença. Trata-se de uma enfermidade causada por um Flavovírus e transmitida por meio da picada de um mosquito, provavelmente do gênero Culex (pernilongo). Esses mosquitos se infectam ao picarem aves silvestres e acabam contaminando não só humanos, mas também outros animais.

Um grupo de pesquisa coordenado pela professora doutora Lílian Catenacci, da UFPI, em parceria com a SESAPI, Fundação Municipal de Saúde e ADAPI vem pesquisando a doença no Piauí desde 2018. Os pesquisadores já coletaram dados nas cidades de Teresina, Piripiri, Lagoa Alegre e Água Branca e devem seguir com os trabalhos também em Amarante e Parnaíba. O objetivo é reunir dados que ajudem a entender o ciclo epidemiológico no Brasil para que seja feito um monitoramento que possa conter a expansão do vírus no Piauí.

A Febre do Nilo pode ser assintomática, mas 20% das pessoas infectadas desenvolvem sintomas como febre aguda, anorexia, náusea, vômitos, dor nos olhos, cefaleia, e dor muscular. Os casos mais graves podem evoluir para manifestações neurológicas, desenvolvendo encefalite, meningoencefalite e síndrome de Guillain-Barré.

Como ainda não há vacina para a doença, o grupo de pesquisas em viroses, denominado ZIKAZOO, dá sequência aos trabalhos que possam levar à proteção da população piauiense.