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Greve dos Correios completa um mês sem previsão de término

Funcionários continuam com atividades paralisadas (Foto: Assis Santos)

A Greve dos Correios completou um mês nesta quinta-feira (17). No dia 17 de agosto deste ano, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Similares (FENTECT) iniciou a paralisação.

De um lado, a FENTECT afirma que é contra o fim de um acordo trabalhista que só terminaria em 2021. Eles também são contra a privatização da estatal.

Do outro lado, os Correios afirmam que o acordo não pode ser mantido porque não haveriam condições financeiras para tal. Dessa forma, não poderia pagar certos benefícios aos trabalhadores da empresa.

De acordo com o representante regional do Sindicato dos Correios, Adão Vieira, de 79 itens do acordo trabalhista, apenas nove foram mantidos, com perda de benefícios e direitos como auxílio creche, indenização por morte, auxílio para pais com filhos especiais, licença maternidade de 180 dias, entre outros.

“Nosso acordo coletivo de trabalho são 79 cláusulas, e o governo resolveu retirar 70 cláusulas dessas, deixando apenas nove cláusulas, que representaria uma retirada de 42% dos nossos salários. A depender do nível salarial de muitos trabalhadores, poderia chegar até 50%. Então a gente esclarece para a população que o verdadeiro responsável pela greve da empresa brasileira de Correios e Telégrafos, é do Governo Federal, do senhor Jair Bolsonaro, um governo ultraliberal, negacionista, e do presidente da empresa, o general da reserva remunerada, Floriano Peixoto”, afirmou.

Além disso, os trabalhadores criticam mudanças na cobertura de saúde da categoria. Os funcionários precisam pagar 50% dos planos, enquanto a empresa arca com a outra metade.

Após uma audiência de conciliação acabar sem acordo, julgamento sobre a greve foi marcado para 21 de setembro (segunda-feira) no Tribunal Superior do Trabalho, isso a nível nacional.

Em Picos, segundo o representante sindical, o setor mais afetado pela greve dos Correios foi o de distribuição, que está com cerca de 90% a 95% dos serviços paralisados.

Ações

Segundo Adão Vieira, durante o período de paralisação, os trabalhadores de Picos e região, assim como os funcionários de todo país, realizaram atividades solidárias como doações de sangue aos hemocentros, distribuição de cestas básicas. Nos grandes centros urbanos, para a população de rua, além da distribuição de alimentos, houve também a doação de agasalhos.

CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA COM ADÃO VIEIRA