O último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde ontem à tarde mostra que a covid-19 já matou mais pessoas, em apenas 43 dias, do que a dengue, o H1N1 ou o sarampo ao longo de todo o ano passado. Até ontem à noite, o número de pessoas mortas pelo novo coronavírus no Brasil chegava a 800. E isso representa apenas os casos confirmados pelas Secretarias de Saúde dos Estados. Na verdade, sabe-se que o número pode ser bem maior, por causa da subnotificação existente em razão do pequeno número de testes realizados.
Aqui mesmo no Piauí, o Prefeito Firmino Filho revelou que havia 25 testes de mortes com suspeita da covid-19 à espera de resultado no Laboratório Central, o laboratório responsável pela leitura dos testes realizados no Estado. A partir de hoje, o Laboratório deve aumentar a capacidade de resposta, oferecendo os resultados dentro de 48h.
As 800 mortes provocadas pelo novo coronavírus no Brasil foram contabilizadas a partir do dia 26 de fevereiro até ontem à tarde. Durante todo o ano de 2019, a dengue, uma doença endêmica no país, matou 782 pessoas; o H1N1, 796; e o sarampo, 15. Os números põem abaixo os que ainda se recusavam a acreditar no perigo da covid-19, bradando, antecipadamente, que outras doenças como a dengue matavam mais que a atual pandemia que vem causando estragos no mundo inteiro.
E olhe que ainda nem atingimos o pico de casos aqui no Brasil, o que deve acontecer entre o final do mês de abril e o começo de maio. Por isso mesmo, o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, insiste em apelar para que as pessoas permaneçam em casa. Simplesmente porque não haverá leitos de UTI e respiradores para todos os casos graves da doença. É uma simples questão de matemática que qualquer pessoa de bom senso é capaz de compreender.
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