A travessa Joaquim Santos, no centro de Picos, foi o local escolhido para abrigar os vendedores ambulantes que atuavam nas calçadas da Rua Cel Francisco Santos, Praça Josino Ferreira e Cel Luís Santos.
Porém, os ambulantes reclamam do espaço oferecido pela prefeitura e do tamanho dos boxes. Só para se ter uma ideia, os boxes não comportam uma pessoa dentro e ainda é dividido para dois.
Segundo a ambulante Laudiane Pereira, os boxes são pequenos e não tem como guardar as mercadorias, pois são semelhantes a um guarda-roupas de duas portas.
“Aquilo não tem lógica, acho improvável alguém passar por lá para comprar alguma coisa, nós aqui não vamos, a prefeitura pode vir e levar as nossas barracas, mas nós não vamos, os boxes são pequenos e um é dividido para duas pessoas e isso não existe. Nós precisamos trabalhar, nós não estamos roubando e nem vendendo droga, nós precisamos é trabalhar para manter a nossa casa”.
A ambulante Maria das Mercedes conta que se sentiu enganada pelos gestores, pois antes o espaço prometido para eles era no calçadão da Praça Félix Pacheco e não na travessa Joaquim Santos.
“Ali além de nós ficarmos no sol quente, porque ali não cabe nós, os boxes parecem uma celinha, e a rua não tem movimento, só passa alguma pessoa para procurar laboratório para fazer exames, nós vamos fazer o que lá? E se for para morrer de fome, nós vamos para casa mesmo”.
Dona Maria de Brito, que vende água de coco, explica que está se sentindo humilhada pelos gestores.
“Ali é uma humilhação muito grande, trazer um guarda-roupas ou um armário, não sei como agente se expressa, e querer obrigar a gente a ir para o meio do sol, para um lugar pior do que esse que a gente já está, para lá eu não vou, enquanto eu puder e aguentar eu vou resistir e ficar na rua”.
Procuramos o secretário de Turismo, Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Rômulo Costa, para comentar sobre o assunto, o mesmo não se encontrava na sede da pasta.
Confira as entrevistas
Laudiane Pereira
Maria das Mercedes
Maria de Brito