O Governo do Piauí, por meio dos representantes da Secretaria de Governo, Secretaria de Educação e do Poder Legislativo, recebeu na tarde testa terça-feira (3) a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (Sinte-PI). No encontro, foi apresentada a proposta de reajuste da categoria, que encontra-se para ser aprovada na Assembleia Legislativa.
O projeto de lei para o reajuste dos salários dos professores da rede estadual de ensino traz um aumento de 4,17%, mais auxílio alimentação de 4,31%. Com a medida, o menor valor a ser percebido pelo professor 40 horas ativo ficará em R$ 3.303,68, acima do Piso Nacional do Magistério que é de R$ 2.886,00. Esse será o piso do professor Classe A, sendo que 95% dos professores piauienses estão em classes superiores a essa (SL, SE, SM, SD), logo a maioria deles receberá entre R$ 3.750,07 e R$ 7.082,52.
O secretário de Estado da Educação, Ellen Gera, pediu bom senso de todos a fim de amenizar os prejuízos que uma paralisação da categoria pode causar à Educação como um todo, principalmente ao aluno mais vulnerável. “Nossa experiência nos mostra que um movimento como esse traz inúmeros prejuízos, como por exemplo a evasão escolar, que foi latente em greves anteriores, nas quais perdemos muitos alunos. Mesmo as aulas sendo repostas posteriormente, o aluno pode ficar desestimulado e o Estado se preocupa com isso. O Piauí tem conseguido evoluir bem na área, obtendo bons índices. Por esses e outros motivos, podemos negociar com o professor dentro da sala de aula. O Governo está sempre aberto ao diálogo”, afirmou o gestor.
Segundo o secretário de Administração, Merlong Solano, quando aprovado pelo Assembleia Legislativa, o novo piso estadual deve entrar em vigor a partir do mês de maio, prazo necessário para que o valor se adeque à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que limita gastos do executivo com folha de pessoal estabelece um limite prudencial de 46,55% do Orçamento do Estado. “Acreditamos que, a partir do mês de maio, depois de uma política fiscal muito bem implementada, o Estado esteja fora do limite estabelecido pela LRF”, declara.
Outras iniciativas
Concomitante à valorização dos profissionais da educação, outros fatores como a melhoria das condições de trabalho e o acesso à escola são importantes para a elevação dos índices educacionais. O governo então elaborou o Plano “Educar Piauí” com investimento de R$ 1,6 bilhões. O plano está em execução por meio da construção de novas escolas, da reforma e ampliação de escolas, aquisição de equipamentos e programas voltados para o combate do analfabetismo, elevação da proficiência dos estudantes, combate à evasão, fortalecimento da gestão escolar e ampliação da oferta de educação profissional.
Em relação ao transporte escolar, o Governo Piauí adotou medidas para mudar o sistema de transporte e realizou licitação que adota o conceito de alunos transportados em lugar da linha ou rota. Além disto, todos os veículos terão sistema de rastreamento e localização, o que dará à Seduc condições de controlar de modo mais eficiente o cumprimento dos contratos.
Essas e outras medidas fazem da educação pública do Piauí uma das que mais avançam no Brasil. Prova disso são os índices e resultados conquistados por nossas escolas e estudantes servindo de modelo para outros estados com destaque, inclusive, internacionalmente.
O líder do Governo na Assembleia, deputado Francisco Costa, também esteve presente na reunião demonstrando apoio daquela casa para a resolução do impasse.
Fonte: Teresina Diário