O ato de roer unhas é um hábito recorrente em grande parte da sociedade mundial. Com a prática excessiva, algumas consequências podem surgir como prejuízos à saúde da pele e o aumento de proliferação bacteriana. Estudos revelam que aproximadamente 30% da população mundial têm o hábito de roer unhas. Isso demonstra que cerca de 2,2 bilhões de pessoas têm esse vício, independentemente da idade.
O dermatologista Lauro Rodolpho comenta que o ato pode trazer consequências sérias, como infeções e doenças virais. Ele afirma que roer as unhas é um mau hábito que a pessoa adquire através de um transtorno de ansiedade ou transtorno obsessivo compulsivo, onde o indivíduo inicia essa prática e vira uma mania.
“Quem têm esse hábito fica levando a mão na boca e isso traz consequências como infecções nas unhas chamadas de paroníquia, infecções fungicas, além do desenvolvimento de doenças virais e bacterianas, isso porque as unhas são um dos locais mais contaminados do nosso organismo”, informa.
Em 2018, uma jovem americana teve que amputar a ponta do dedo após a descoberta de um tipo raro de câncer, o melanoma subungueal lentiginoso. A doença se manifesta em consequência do comum ato de roer as unhas. O especialista reforça ainda que há formas de diminuir a mania e consequentemente ter mais cuidado com a pele.
“Primeiramente é preciso ser feito um diagnóstico médico e verificar qual o motivo está levando a pessoa a esse mau hábito e tratar. O tratamento pode ser feito de duas formas e uma delas é inibindo o indivíduo de colocar a mão na boca com atividades que possam substituir a necessidade, por exemplo. E se for diagnosticado uma transtorno por ansiedade ou transtorno obsessivo compulsivo, tratar com terapia psicológica ou com uso de medicamentos”, explica o dermatologista.
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