O Piauí teve quase 50 notificações de hanseníase em crianças e adolescentes até setembro do ano passado. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) que apontaram que- no mesmo período- foram totalizados 716 novas notificações no estado. Eliracema Alves, supervisora estadual do programa de hanseníase no Piauí, alerta que existem crianças e adolescentes diagnosticados com a doença e que já apresentam deformidade.

“A cada ano que passa percebemos que o número de casos de hanseníase em crianças aumenta e isso é preocupante pois demonstra que a doença esta em atividade e que existe pessoas com a forma multibacilar, forma de contagio, que ainda não foram descobertas e estão contaminando outras pessoas, inclusive menores de 15 anos”, alerta Eliracema Alves.

Para alertar sobre o risco da doença uma série de atividades estão sendo realizadas durante o ‘Janeiro roxo’ , campanha mundial que busca incentivar o diagnóstico e o tratamento precoce, bem como combater o preconceito envolto em relação à doença infectocontagiosa.

“O mês de janeiro foi escolhido para ser o mês de luta e conscientização contra a hanseníase no Piauí. Essa é uma doença milenar, mas que ainda persiste na atualidade, então é preciso não negligenciar e muito menos afastar quem precisa de ajuda”, aponta a supervisora.

A hanseníase afeta os nervos e se manifesta por meio de lesões na pele. Entre as complicações da doença, a pessoa pode ter, por exemplo, problemas de visão e apresentar dificuldades para movimentar as mãos. Manchas brancas ou avermelhadas na pele que não doem, não coçam, não ardem, não incomodam podem ser perigosas e sinal de hanseníase. A doença é é transmitida através de gotas de secreção que o paciente, sem tratamento, elimina quando respira , fala, tosse ou espirra.

Em caso de manchas suspeita, a recomendação é procurar uma unidade básica de saúde mais próxima. Caso haja necessidade, o paciente  pode ser direcionado para locais de referência como  Hospital Universitário do Piauí, Centro Maria Imaculada e Clínica de Dermatologia do Hospital Getúlio Vargas.

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