Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (3) que se reunirá com ministros ainda neste mês para dar “polimento” à proposta de reforma administrativa.

O objetivo do governo é reduzir os gastos com os servidores públicos e, segundo Bolsonaro, a reforma a ser implementada só valerá para os novos concursados. Ele também tem dito que o texto será o “mais suave possível“.

“Temos uma reunião de ministros, se não me engano, no dia 19 agora. Vamos discutir esse assunto novamente. A gente vai dar um polimento nela. Nós queremos uma reforma administrativa que não cause nada de abrupto na sociedade. Não dá para a gente consertar uma calça velha com remendo de aço, não dá. Alguma coisa é remendo, alguma coisa é reforma. Acho que já amadureceu o que a equipe econômica queria”, declarou o presidente.

Ao conceder uma entrevista coletiva no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, Bolsonaro disse ainda que houve um “problema de entendimento” porque a equipe econômica vê “números”, enquanto ele precisa analisar “números e pessoas”.

Para Bolsonaro, o governo precisa analisar como a “mensagem” da reforma chegará aos atuais servidores e, por isso, precisa “trabalhar a informação” e somente após essa etapa chegar a uma decisão sobre a proposta.

“O que a equipe econômica, às vezes, tem algum problema de entendimento conosco é que eles veem números. Eu tenho que ver números e pessoas, está certo? E na reforma administrativa tem que ser desta maneira. Não vai atingir 12 milhões de servidores, a reforma é daqui para frente. Mas como essa mensagem vai chegar junto aos servidores? A gente tem que trabalhar a informação para depois chegarmos a uma decisão”, acrescentou.

Flexibilização das regras

Ao G1, o secretário especial de Desburocratização do Ministério da Economia, Paulo Uebel, já afirmou que o governo avalia flexibilizar as regras de contratação de novos servidores públicos.

Segundo ele, está em estudo, por exemplo, a contratação de celetistas e de funcionários temporários via concurso.

“Para algumas funções de Estado, com características fundamentais, continua [contratando] estatutário. Algumas funções que têm características de sazonalidade, de demanda decrescente, [o governo] vai optar por um regime de contrato temporário. Projetos específicos, pode fazer por projeto, por mandato. Pode ter modelo de terceirização, pode ter celetista”, declarou o secretário.

G1