A adolescente de 17 anos que sumiu após o 1º dia de provas do Enem e foi encontrada na cidade de União, permanece com a tia. A juíza da Vara da Infância e da Adolescência de Teresina, Maria Luíza de Freitas, informou ao Cidadeverde.com que os pais já foram intimidados e serão ouvidos sobre o caso. No momento, a magistrada descarta a possibilidade de a garota ir para um abrigo.

“Como ela está acompanhada de parentes, familiares, o que a gente chama de família extensa, não há necessidade de ela ir para um abrigo. Os pais foram intimidados e ainda não foram ouvidos, mas ainda está dentro do prazo”, disse ao Cidadeverde.com.

A juíza disse que o processo ainda está em sede de processo na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). “Ele (processo) foi pra DPCA e veio para mim só para a proteção e eu fiz os encaminhamentos. Como ela estava com uma tia, permaneceu com a tia e os pais foram intimados”, ressaltou.

O Conselho Tutelar da zona Leste de Teresina defende que a garota permaneça na residência da tia até que seja concluído o inquérito. Socorro Arraes, conselheira tutelar, disse que vai ouvir a tia e que ela deve assinar um termo de responsabilidade para que a menina permaneça na residência.

“O que defendemos é que a menina permaneça na família extensiva com a tia. Se precisar iremos notificar o pai. Só não podemos expor a adolescente”, afirmou.

Ainda de acordo com a conselheira, um relatório sobre o caso será encaminhado ao MP e a juíza Maria Luiza. A garota está sendo acompanhada por psicólogos do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS), que também farão um relatório que será encaminhado ao Conselho Tutelar.

“Dependendo do desenrolar do inquérito pode ser pedida a guarda provisória para a tia”, afirmou a conselheira.

Yala Sena e Hérlon Moraes
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