Com as casas tomadas por uma onda de poeira, a população do bairro Umari e povoado Lagoa Cumprida, em Picos, questionam o funcionamento de uma usina de asfalto instalada entre as duas comunidades.
Segundo os moradores, além de fumaça, a usina tem provocado muita poeira, o que tem afetado a saúde das pessoas, sobretudo de idosos e crianças. Além disso, o empreendimento tem afetado economicamente as famílias, já que muitas delas desenvolvem plantio de legumes e verduras e tem nessa atividade a principal fonte de renda.
Cansados de convierem com o transtorno, os habitantes dos dois locais vêm tentando junto a empresa uma solução definitiva para o problema. Devido à demora de uma proposta concreta da empresa, eles promoveram na manhã desta quinta-feira (17), uma manifestação. O ato teve início no posto de saúde do bairro onde os manifestantes gritavam palavras de ondem e discursaram denunciando a situação. De lá, todos seguiram em destino ao portão principal da fábrica e foram recebidos pelos os empresários Getúlio Carvalho e Edilson Carvalho, proprietários da construtora Santa Inês a qual a usina é incorporada.
Os executivos reconheceram os danos causados à população do entorno e anunciaram que já estão avaliando vários terrenos para providenciarem a transferência das maquinas e encerrar as atividades no local. Mediado pelo vereador José de Arimateia Luz, o Maté, representante político da região. As duas partes chegaram a um entendimento e ficou definido que em um prazo de seis meses o canteiro será desativado.
O empresário Edilson Carvalho, que também é o vice-prefeito do município, alegou o excesso de exigências e burocracia por parte dos órgãos ambientais no processo de aquisição de uma outra área para a instalação da usina asfáltica.