Na manhã desta quarta-feira (11) funcionários da Agência dos Correios de Picos aderiram à greve geral que acontece em todo o país.

Segundo o diretor do sindicato dos correios do Piauí, José Adão da Silva, a paralisação, tem como motivo a reivindicação de um acordo de trabalho dos anos de 2019 e 2020 não atendidas pela empresa na mesa de negociação, retiradas de direitos, ataques do Governo Federal e a possível privatização da empresa.

“É uma greve nacional unificada da categoria. É a maior da história. Hoje, todos nós amanhecemos de braços cruzados para parar o trabalho, parar a logística. Repudiamos a atitude da empresa de não querer negociar com os trabalhadores para fecharmos o acordo coletivo de trabalho, tendo em vista que estamos em nossa data base. Então a empresa, em uma atitude truculenta, atacou nossa categoria ao rebaixar nosso acordo coletivo, que busca garantir a reposição da inflação, está ameaçando retirar nossa vale-cultura, está acabando com as horas extras para instalar o banco de horas, quer reduzir o adicional noturno, reduzir o ticket alimentação nas férias, está acabando com o vale-peru, com a entrega matutina em todo o país a empresa não quer acordo. Ela está em uma atitude clara de que quer rebaixar nosso acordo coletivo por baixo para ficar fácil de vender a empresa a preço de banana para a iniciativa privada”.

Os trabalhadores e a estatal estavam desde julho negociando, com mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

“ Desde de junho que nós estamos em Brasília tentando negociar com a empresa e não avançou em um gesto claro de truculência, o Tribunal Superior do Trabalho vendo que a empresa estava dificultando chamou as partes e prorrogou o nosso acordo de 31 de julho até 31 de agosto, porque nosso calendário se encerrava até dia 31 de julho para tentar chegar em um acordo e as partes aceitaram e mais uma vez não avançou”.

De acordo com o delegado sindical dos Correios, Luiz Fontes, a categoria já vinha ameaçando realizar uma greve desde o mês de agosto quando o governo federal não tinha dado uma solução satisfatória para a classe.

“A gente está lutando para manter os benefícios, e uma privatização agora não seria de bom para os trabalhadores”, concluiu Luiz Fontes.

Confira as entrevistas

José Adão da Silva

Luiz Fontes