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Saque do FGTS pode ajudar a quitar ou negociar dívidas

No próximo dia 13 começa o saque imediato do FGTS. Esse dinheiro cai como uma luva na mão de quem está com o nome sujo na praça: 4 em cada 10 consumidores brasileiros devem até R$ 500. E mais da metade dos inadimplentes tem dívidas que, somadas, não passam de R$ 1 mil, que é o valor máximo a ser liberado para quem tem duas contas vinculadas ao FGTS.

Muitos estão pensando em sacar esse dinheiro para fazer compras ou até mesmo para investir, mas quem está endividado deve concentrar toda sua energia em pagar os débitos, até porque, quanto mais tempo devendo, mais juros você paga, então você precisa agir rápido.

A regra de ouro é: liste suas dívidas, uma a uma. Identifique qual delas tem maiores juros e tente pagá-la primeiro. Se o dinheiro que você vai receber não dá para quitar tudo, tente renegociar, peça para descontar parte dos juros que estão sendo cobrados, ofereça os R$ 500 de entrada e peça o parcelamento do restante.

As pessoas geralmente têm receio ou até mesmo vergonha de negociar com os bancos, mas se você tiver uma clara proposta em mente, não é difícil chegar a um acordo. Não esqueça que para o banco também é mais vantajoso que você pague, mesmo que seja em pequenas parcelas. Além disso, hoje em dia, dá para renegociar dívidas até pelo aplicativo do internet banking, nem precisa encarar o gerente.

Mas antes de entrar em contato com o banco, você tem que saber, exatamente, o valor máximo que vai poder arcar por mês, senão o risco de voltar à inadimplência é muito alto. E você vai perder a confiança do banco, o que vai deixar uma nova renegociação bem mais difícil.

Para quem tem mais de uma dívida com juros altos o melhor caminho é verificar o valor total devido e trocá-las por uma única dívida, contanto que ela seja mais barata, ou seja, que tenha juros mais baixos.

Por exemplo: se você deve R$ 1 mil de cheque especial e mais R$ 2 mil de rotativo do cartão de crédito, você pode pegar um empréstimo no valor de R$ 3 mil, pagar essas duas dívidas, que inclusive são as de maiores juros do mercado brasileiro, e assumir um parcelamento menos agressivo, como um empréstimo consignado ou crédito pessoal.

No próximo ano, com a liberação do saque aniversário do FGTS, os bancos vão poder criar linhas de crédito específicas para isso. Você vai pegar um empréstimo com a garantia do FGTS. Então, na data do saque, o banco recolhe o valor e como tem essa garantia, os juros tendem a ser bem menores.  Essa é uma ótima opção para os endividados, até porque o FGTS só rende 3% ao ano (por lei. Mas nesse ano, serão distribuídos 100% dos lucros do ano passado, o que eleva a rentabilidade a 6,18%). Com certeza suas dívidas têm juros maiores que isso.

Mas é preciso avaliar os números com bastante cautela, para saber se essa é mesmo a saída mais viável. Será que você não tem outra forma de pagar essa conta, incluindo a parcela no seu orçamento? Outra coisa, a ideia é trocar as dívidas! Não é criar dívida nova, não!

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