O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (26) que acha difícil que o Congresso mude o texto da medida provisória que libera saques das contas ativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para aumentar os valores.
“Nós temos que ter recursos para continuar o programa Minha Casa Minha Vida, que é muito importante pra quem não tem onde morar. Essa que é a nossa intenção. Agora, o Parlamento sabe muito bem, acho difícil eles tomarem medida nesse sentido, mas tem todo o direito de tomar”, afirmou a jornalistas no Palácio da Alvorada. “Nós procuramos atender 82% das pessoas cujo o saldo é abaixo de R$ 500. Alguns falam que eu atendi interesse de construtoras. Não, eu atendi interesse do povo.”
Os recursos do fundo financiam o programa de habitação social, e a pressão do setor de construção civil fez o governo alterar os planos em relação ao valor do saque permitido.
“Se botar na ponta do lápis, eles falarem que não será atingida a construção de casas populares no Brasil, não tem problema. Tá certo. Depende deles mostrarem. Que matemática não tem como fugir, matemática pelo que eu aprendi até hoje dois e dois são quatro e ponto final”, afirmou.
A Caixa deve divulgar no dia 5 de agosto os detalhes e o calendário de saques. Nesse cronograma, serão contemplados os saques de até R$ 500 de cada uma das contas ativas (do contrato atual de trabalho) e inativas.
A partir do ano que vem, o trabalhador poderá optar pela modalidade do “saque-aniversário”, em que poderá resgatar um montante da conta todo ano. A pessoa que decidir por isto, porém, não poderá sacar a totalidade do saldo caso seja demitido.
Fonte: Folhapress