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Na Assembleia, presidente da Equatorial diz que usuários devem R$ 850 milhões à Cepisa

O presidente da Equatorial, Nonato Castro, se reuniu com deputados na manhã desta terça(16), na presidência da Assembleia Legislativa do Estado. Ele foi chamado depois de denúncias, levadas por deputados, de que a empresa estaria infringindo a lei que proíbe cortes do fornecimento de energia durante feriados e final de semana.

Segundo ele, a empresa adota medidas para obrigar os devedores a pagarem seus débitos. A empresa teria R$ 850 milhões para receber de dívidas de usuários.

“Temos um débito a receber na Cepisa, de R$ 850 milhões, dos quais 65% é só em Teresina. Nós temos que negociar, facilitar as negociações, mas não podemos deixar de receber. É  quase R$ 1 bilhão a receber. Já fizemos com a Justiça, balcão de negociações. Vamos fazer as negociações, mas não podemos ficar dessa forma. Não podemos descartar R$ 850 milhões. Os investimentos que vamos fazer é de R$ 350 milhões em redes, em sistemas, fora o que vamos investir em plataforma digital”, destacou.

Outra crítica dos deputados é  com relação a demissão de 950 servidores da Cepisa. Segundo ele, por ser privada, a empresa não teria responsabilidade pelos contratados da Cepisa.

“Fizemos um acordo com o sindicato. Hoje somos empresa privada. Não fazemos concurso, não tem validade de concurso. A Eletrobras profetizou porque estava quebrada. As pessoas ficam escondendo isso. Com discurso fácil. Nós falamos de forma transparente. Vamos pagar da Cepisa R$ 1,034 bilhões de dívidas esse ano. Precisamos investir, arrecadar e precisamos reduzir a perda. Você perde muito dinheiro todos os anos. Só com perdas, a empresa deixou de arrecadar R$ 54 milhões, sem contar os passivos. Tem consumidores com 88 contas em débitos”, afirmou.

Sobre os cortes ilegais, ele afirma que apenas os religamentos ilegais são interrompidos durante horários como a noite.

“Vamos mostrar em filmes que os cortes são feitos durante o dia. Tem filmes mostrando que se cobra R$ 50 para uma religação ilegal. Se perde muito dinheiro. No final de semana e a noite, é o recorte de quem se religou ilegalmente. Quando colocamos o carro vemos as pessoas que fazem gato. É questão de risco. Já morreram quatro pessoas. O gateiro não coloca conector, ele coloca um filme e aumenta os danos elétricos, grampos inadequados. Isso envolve segurança. Até dia 20 a Cepisa paga R$ 70 a 80 milhões. Não interessa se recebe ou não, tem que pagar de onde compramos energia, se não, bloqueia a conta”, disse.

A deputada Flora Izabel acusa a empresa de ser “desumana”. A deputada pede uma solução para os demitidos.

“A Equatorial tem feito atos desumanos. Pessoas piauienses que passaram em concurso público para a Cepisa e que são demitidas. Em 2018 foram demitidas 950 pessoas e podem ocorrer mais 400 demissões. Furaram o contrato. Falaram que geraram desenvolvimento e diminuiriam o preço da tarifa e é só faz é aumentar sistematicamente. Não podemos aceitar isso. Não aceitamos a justificativa de empresa privada. Quando as pessoas assumiram o concurso deixaram seus empregos”, afirmou.

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