Após repercussões negativas das fiscalizações de trânsito no município, o presidente da Cooperativa de Transporte Alternativo de Picos (Coocavepi) se posicionou a favor da Secretaria de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana de Picos (STTRAM). De acordo com Edimar Lima, o trabalho da pasta é também vistoriar os veículos que estão transportando passageiros de forma clandestina, ele defende que um motorista que não tem o curso de transporte de passageiros, por exemplo, coloca a vida das pessoas em risco.
“Nós queremos reiterar nosso total apoio à fiscalização, eu acho que a lei é para todos. Então causou grande surpresa algumas pessoas virem ao rádio falar que não precisa ter essa fiscalização, pelo contrário, eu acho que essa fiscalização tem é que ser mais incrementada e ter mais rigor. As pessoas estavam muito acostumadas aqui, dizendo que aqui em Picos não existe lei, existe lei e esta deve ser para todos e é para ser cumprida. Então nós apoiamos totalmente, em nome de 150 associados que atendem 50 cidades da grande Picos”, afirmou.
Edimar Lima pontuou que é injusto permitir a circulação dos veículos de transporte de passageiros clandestinos, já que os motoristas regularizados pagam taxas para estarem em conformidade com os órgãos de trânsito.
“O clandestino é trabalhar de forma errada, ninguém está querendo proibir alguém de trabalhar, todos têm direito ao trabalho, desde que seja de forma correta, desde que esteja dentro da lei, então o que nós procuramos, o que nós respondemos é pelos associados, permissionários que contribuem com o Estado, que pagam seus impostos em dia, porque hoje o Estado nos cobra o ICMS, nos cobra a taxa de gerenciamento da Secretaria de Transporte, nos cobra os veículos totalmente revisados, com o laudo de inspeção veicular, para a garantia do passageiro; cobram o seguro de passageiro, tacógrafo em dia, cobra o curso de passageiro dos motoristas. Então nós temos que transportar com total segurança os nossos passageiros”, pontuou.
Na oportunidade, Edimar Lima orientou àquelas pessoas que objetivam trabalhar com o transporte coletivo a procurarem os órgãos de regularização. Ele destacou ainda que os veículos, modelo Doblô não podem ser usados para transportar passageiros, pois são considerados carros de passeio.
O motorista Antonio José Rodrigues que faz linha de Padre Marcos a Picos também opinou sobre o assunto, ele reclamou do número de motoristas que trabalham sem estar regularizados, o que segundo ele, é injusto com quem paga altas taxas para ficar regulamentado junto aos órgãos de trânsito em Picos.
“Os clandestinos não pagam impostos, não pagam nada e estão sempre aqui no Shopping do Povo, estão diariamente aqui, mas eles não ligam para isso aí, é a gente pagando imposto, pagando prestação de carro e sem poder fazer nada”, lamentou.
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EDIMAR LIMA
ANTONIO JOSÉ RODRIGUES
