O novo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Piauí, Celso Barros Coelho Neto, afirmou nesta quarta-feira (9), em entrevista ao telejornal O DIA News 1ª edição, que espera que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não trate os estados do Nordeste com discriminação em seu governo.

“Na medida em que houve a ascensão de Jair Bolsonaro ao cargo de presidente da República, ele precisa abstrair essas questões políticas. Ele tem que fazer política pública, não política partidária […] Nós temos que cobrar, junto ao Governo Federal, que não tenha nenhum tipo de discriminação com relação à origem partidária de um governador, de um governo, porque [se isso ocorrer] seremos mais discriminados do que já fomos historicamente. Nós somos do Nordeste, somos do Piauí e nós temos que ter direito à igualdade de tratamento, independente de qualquer questiúncula partidária ou questiúncula política”, observa Celso Barros.

Ele falou que a OAB vai estar atenta para verificar se o Governo Federal tomará medidas segregadoras em relação a determinados estados ou regiões do país.

“A OAB vai estar sendo incisiva com relação a isso, para que se exija, claro, esse direito à igualdade. Nós vivemos numa Federação, e essa forma de Estado impõe o tratamento igualitário, por isso que nós temos três senadores no Piauí, assim como tem São Paulo, como tem Santa Catarina e todas as demais unidades da Federação – para dar esse equilíbrio. O Governo Federal não pode desequilibrar a Federação”, avalia o presidente da OAB-PI.

Em sua participação no telejornal da O DIA TV, Celso Barros também reafirmou uma das suas propostas durante a eleição para a Presidência da OAB-PI, que é buscar a expansão do mercado de trabalho para os advogados, por meio da realização de campanhas destinadas a conscientizar os cidadãos dos direitos que possuem, mas que acabam sendo impedidos de usufruir por não contarem com a assistência de um advogado.

“Temos muitos nichos de mercado de trabalho. Há ainda muitas pessoas que têm seus direitos e não sabem que têm direitos. Então, apesar de acharmos que existe um número grande de advogados, existe também um número grande de demandas que estão reprimidas, que estão prestes a serem descobertas. E a OAB precisa fazer campanhas de conscientização da população, porque as pessoas têm seus direitos, e eu creio que com esse tipo de campanha nós facilitaremos a abertura do mercado de trabalho para o advogado. Nós temos que estimular, por exemplo, a questão da mediação e da arbitragem. Não é necessário que uma pessoa que tem um conflito com outra leve esse conflito à Justiça. Ela pode procurar canais de mediação, e nós vamos estruturar muito bem a nossa Câmara de Mediação e Arbitragem”, afirmou Celso Barros.

O Dia