Durante três dias, neurologistas do Ceará, Bahia e Rio Grande do Norte receberam treinamento, no Centro Integrado de Reabilitação do Piauí (Ceir), sobre aplicação de toxina botulínica em espasticidade, condição caracterizada pelo enrijecimento da musculatura.
De acordo com o neurocirurgião Francisco Alencar, o Ceir é referência não apenas no tratamento, mas, também, nas técnicas de aplicação da toxina em pacientes com sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC); paralisia cerebral; lesão cerebral e medular, que ocorrem em vítimas de acidentes de trânsito, por exemplo; esclerose múltipla; microcefalia; entre outras.
“Hoje concluímos o treinamento de uma equipe médica de três estados do Nordeste. É uma honra para Piauí ser uma referência em treinamento para o tratamento de espasticidade, através do uso da Toxina Botulínica. Treinar pessoas para cuidar de pessoas é uma felicidade muito grande para um centro de reabilitação como o nosso, que se dedica à reabilitação e, agora, à formação de profissionais. Cada vez mais, o Ceir caminha para esse processo de treinamento de profissionais para cuidar de pessoas que tenham deficiência em todo o país”, frisa Francisco Alencar.
A aplicação da toxina botulínica e a orientação sobre a melhor conduta da espasticidade é realizada no Ambulatório de Espasticidade do Ceir. A doença atrapalha a locomoção, a qualidade de vida e a realização de atividades do dia a dia, como higienização, alimentação e a própria reabilitação.
O III Curso de Imersão de Toxina Botulínica para Espasticidade. Promovida pela Associação Reabilitar, Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) e a filial da Ipsen no Brasil – grupo farmacêutico global especializado em soluções de saúde com o alvo em doenças debilitantes-, incluiu aulas teóricas e práticas em pacientes do Centro. Além do grupo, já passaram por esse treinamento neurocirurgiões de outros estados.
“Esse curso desperta a importância da estruturação dos centros de reabilitação, em nível nacional, de modo que possam dar aos pacientes a oportunidade de continuar seu tratamento clínico, multi e interdisciplinar, e, dessa forma, possa alcançar o máximo de sua capacidade funcional para suas atividades de vida diária, além da integração social e profissional”, destaca Janeusa Chagas, neuropediatra baseada em Salvador-BA.
Para ter acesso ao Ambulatório de Espasticidade do Ceir, caso não seja paciente do Centro, é necessário que o paciente procure a unidade de saúde mais próxima de sua residência, faça uma consulta com um médico do Programa de Saúde da Família ou credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e solicite o preenchimento da guia de marcação de consultas do SUS. No setor de marcação de consultas online do SUS no Posto de Saúde do bairro ou Secretaria de Saúde do município, o paciente deve marcar a triagem para a reabilitação físico-motora no Ceir. Havendo vagas, o sistema irá informar o dia e horário da sua consulta.
Cidade Verde
