Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelaram que os homens morrem seis vezes mais que as mulheres por eventos de natureza violenta no Piauí, com registro de 1.661 homens (89,45%) e 279 mulheres (10,55%). A informação faz parte da Estatística do Registro Civil relativa ao ano de 2017 e divulgada nesta quinta-feira (1º).
O relatório do IBGE aponta que, somente no ano de 2017, no Piauí foram registrados 17.669 óbitos, um aumento de 3,62% em relação a 2016 e acima da média do que foi verificado no país. No Brasil foram registrados 1.273.103 óbitos, um incremento de 0,35% em relação ao ano anterior.
De acordo com o IBGE, as mortes violentas, que são decorrentes de homicídio, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc., representam 10,19% do total de óbitos no Piauí, o equivalente a 1.801 óbitos. Em relação ao ano anterior, houve uma redução de 6,29% no quantitativo de óbitos desta natureza registrados no Piauí.
Em 2017, no Brasil houve 114.632 óbitos registrados por natureza violenta, aproximadamente 9,0% do total, que foi de 1.273.103 óbitos.
Ranking
As unidades da Federação com os maiores percentuais de óbito por natureza violenta foram o Amapá (18%) e o Pará (15,4%). Por outro lado, as unidades da federação com os menores percentuais foram o Paraná (6,6%) e o Rio de Janeiro (6,0%).
No ranking nacional do percentual de óbitos por natureza violenta no Brasil, o Piauí ocupa a 17ª colocação.
No ranking regional, o Piauí só fica na frente da Paraíba, que ocupa a 18º colocação.
Em dez anos, o número de óbitos por causas externas aumentou em 17 estados
Entre 2007 e 2017, analisando-se os registros de óbitos violentos em homens de 15 a 24 anos de idade por Unidade da Federação, houve aumentos em 17 das 27 unidades da federação. Os estados do Norte e Nordeste mostraram os maiores aumentos, com destaque para Ceará (144,1%), Sergipe (134,7%), Bahia (128,5%), Acre (121,8%), Tocantins (114,7%), Rio Grande do Norte (113,1%) e Piauí (111,8%).
Por outro lado, houve quedas significativas no Paraná (-43,2%), Distrito Federal (-35%), São Paulo (-30,9%), Espírito Santo (-25,9%), Mato Grosso do Sul (-23,5%), Rio de Janeiro (-20,9%) e Rondônia (-19,3%).
Com informações do IBGE/ Cidade Verde