A situação de 69,9% das estradas do Piauí é regular, ruim e péssima e a situação de 39,1% da malha rodoviária piauiense é ótima e boa. A malha pavimentada brasileira continua em condições insatisfatórias, ainda que tenha apresentado uma pequena melhora entre 2017 e 2018. É o que revela a 22ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional de Transporte (CNT).
Um dos exemplos da precariedade das estradas brasileiras apontado pelo Relatório da CNT é um trecho que liga a rodovia PI -140 e a rodovia BR-343, no município de São Raimundo Nonato, no sudoeste do Piauí, que está interditado com um grade de madeira e fitas zebradas porque o acostamento está em franco processo de erosão.
De acordo com o levantamento da CNT, 57% dos trechos avaliados no Brasil apresentaram estado geral com classificação regular, ruim ou péssima. Em 2017, o percentual com algum problema foi de 61,8%.
No total, a CNT pesquisou 107.161 km, o que corresponde a toda a malha federal pavimentada e aos principais trechos estaduais, também pavimentados.
Segundo a Pesquisa da CNT, no Piauí estão em ótimas condições 161 quilômetros da malha rodoviária piauiense, 4,7% do total; estão bons 1.165 quilômetros, 34,4% do total; estão em situação regular 1.426 quilômetros, 42,1% do total; estão ruins 544 quilômetros, 16% da malha rodoviária e; estão em péssimas condições 94 quilômetros, 2,8% do total da malha rodoviária.
O levantamento da CNT, apontou que os 161 quilômetros que estão ótimos no Piauí são de rodovias federais e nenhuma rodovia estadual está nessa condição. Os 1.165 quilômetros que estão bons são de rodovias federais e nenhum quilômetro de rodovia estadual está em boas condições.
A malha rodoviária do Piauí de administração federal que está em condição regular tem 1.167 quilômetros, 40,3% de toda a rede federal; enquanto 259 quilômetros da malha rodoviária estadual está nessa condição (52¨% da malha estadual). A malha rodoviária do Piauí que está ruim tem 350 quilômetros em rodovias federais (12,1%) e 194 quilômetros em rodovias estaduais (39%).
A Confederação Nacional dos Trasportes (CNT) aponta em seu levantamento que da malha rodoviária piauiense que está em condições péssimas, 49 quilômetros estão em rodovias federais (1,7%) e 45 quilômetros em rodovias estaduais (9%). A malha rodoviária do Piauí tem 3.390 quilômetros, sendo que 2.892 são de rodovias federais e 498 quilômetros de rodovias estaduais.
O Relatório da CNT aponta que um dos problemas encontrados no Brasil, relacionado à estrutura dos pavimentos flexíveis, é o não atendimento às exigências técnicas tanto da capacidade de suporte das camadas do pavimento como da qualidade dos materiais empregados no revestimento.
Falhas construtivas têm como consequência um processo de deformação mais acelerado, resultando em maiores custos com a reparação desses pavimentos para atingir condições ideais de tráfego. Conforme a CNT, a manutenção periódica é um requisito imprescindível para a existência de um bom pavimento.
Os defeitos e as irregularidades na condição da superfície impactam diretamente os custos operacionais, em virtude dos maiores gastos com a manutenção dos veículos, com consumo de combustível e pneus, elevação dos tempos de viagem, entre outros. O estado de conservação do pavimento também está diretamente associado aos custos operacionais e ao aumento do risco da ocorrência de acidentes.
A má condição da superfície de rolamento das rodovias, com a presença de afundamentos, ondulações e/ou buracos, contribui para a instabilidade do veículo e, consequentemente, para a dificuldade em mantê-lo na trajetória desejada, podendo, desse modo, gerar colisões devido à mudança brusca de direção e à perda do controle do veículo.
Meio Norte