O mercado ainda se encontra estagnado, muito por conta da desconfiança do consumidor, segundo o Sindicato dos Lojistas do Comércio de Teresina (Sindilojas). O motivo do receio, de acordo com Tertulino Passos, presidente do órgão, é a incerteza sobre o cenário pós-eleição: “Esse é o maior problema; o consumidor não sabe o que vai acontecer amanhã”.
“Por enquanto está meio travado ainda; a gente está esperando o que vai acontecer depois dessas eleições, principalmente depois do primeiro turno, para ter uma definição e isso possa vir a aquecer mais o mercado. Depois desse período é que vamos ver se o consumidor vai voltar a ter confiança.”, acrescentou.
Com a desconfiança e, consequentemente, estagnação nas vendas, a geração de novos postos de trabalho fica comprometida. O intuito, por enquanto, é evitar as demissões e para isso, os empresários planejam a realização de treinamento e remanejamento de funcionários. Pensar em contratação de mão de obra só depois das eleições.
“A gente não está fazendo contratação no momento; só estamos fazendo remanejamento de um lado para o outro. Vamos atrás de treinamento, remanejamento de pessoas para que não tenhamos que fazer demissões. Enquanto o consumidor não voltar a ter confiança a gente fica travado”, explicou o presidente.
Ainda de acordo com Tertulino, é impossível elaborar estimativa para saber quantas vagas de emprego serão ofertadas até o final do ano, principalmente entre os meses de novembro e dezembro – período de grande demanda em razão do aumento nas vendas. O certo é que haverá investimento em contratação de empregados temporários, mas com um recuo em relação ao ano passado, especificamente no Natal, conforme a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A Confederação estima a contratação de 72,7 mil trabalhadores temporários, o que representa recuo de 1,7% em relação aos 73,9 mil postos criados no ano passado. A pesquisa foi divulgada no último dia 17 (segunda-feira).
O levantamento da CNC prevê ainda uma desaceleração da economia diante do cenário de incertezas do segundo semestre deverá levar as vendas do varejo a crescer menos no Natal de 2018 (+2,3%) do que no de 2017 (+3,9%), resultando em uma movimentação de R$ 34,4 bilhões.
Portal AZ