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Familiares denunciam dificuldades para enterrar eletricista

Familiares denunciam dificuldades para enterrar o eletricista Antônio Alves de Andrade Filho, conhecido como Evilásio, vítima de uma queda em quanto trabalhava em um poste de energia elétrica.

Parentes foram impedidos de enterrar o mesmo no último domingo dia (16) no cemitério Santo Antônio povoado Cipauba, é o que afirma sua filha Maria Sara. Segundo ela, o vigia que toma conta do cemitério não deixou que os familiares enterrassem a vítima, trancando o portão com um cadeado e impedindo que eles entrassem.

“Meu pai gostava muito da Cipauba, aí mãe foi e falou assim, o corpo do meu marido vai ser enterrado lá e tudo por causa que ele gostava muito, meu irmão morava lá, aí foi e levaram ele pra lá, quando chegou lá não tinha vigia e nada, quando soube que meu pai ia se enterrado lá, abriram a cova dele, quando chegou lá o vigia falou que não ia ser enterrado ninguém lá. Aí nós saímos daqui duas horas da tarde, deixamos na casa do meu irmão, porque ele gostava muito, aí minha cunhada vai e liga. ‘Olha neném, que é meu irmão, não deu certo seu pai ser enterrado aqui porque apareceu uns vigias, veio aqui na casa da minha mãe, arrumou confusão e tudo, foi e trancou o portão’. E tudo aí meus irmãos, meus tios foi todo mundo lá ver como é que tava lá, quando chego lá o portão já estava com cadeado e tudo”, relatou.

Amiga da família há dez anos, Isabel Maria da Conceição, conta que a família e amigos estão inconformados com a atitude do vigia.

“Então o que revoltou foi que a gente tirou o corpo dele aqui por volta de duas e meia da tarde, no terror do sol quente, deixando a vizinhança  e amigos tudo sem poder acompanhar e quando a gente chega ao meio da viagem, alguma pessoa ligou dizendo que lá não aceitava enterrar ele, fiquei um pouco triste pela família, ver a situação que aconteceu”, disse.

A moradora do povoado Cipauba e amiga da família, Marlene Araújo de Sousa, conta que essa foi a primeira vez que se deparou com uma situação como essa.

“Fiquei muito comovida, fiquei muito sentida, todos da população, não só eu todos ficarão horrorizados, eu tenho que limpar o tumulo da minha mãe, mas não posso vir porque eu não pulo, e ele só se for lá na casa dele pega a chave e voltar e entregar novamente, tava aberto não tinha cadeado, o filho mora aqui há nove anos o filho ele implorou para enterrar o pai e não deixaram”, contou.

Nossa reportagem entrou em contado com o secretário de Serviços Públicos, Antônio Airton de Carvalho, para saber de quem é a responsabilidade dos cemitérios rurais do município de Picos, segundo ele os cemitérios de responsabilidade da pasta são os cemitérios do bairro Parque de Exposição e bairro São José.

“Não é uma responsabilidade do município os cemitérios rurais, nossos cemitérios e nossas responsabilidades são os cemitérios urbanos localizados no bairro Parque de Exposição e bairro São José”, resumiu.

O senhor Evilasio foi enterrado ainda no domingo (16) depois que doaram um espaço no Cemitério Jardim da Eternidade, localizado no bairro Parque de Exposição.

Confira as entrevista

ANTÔNIO AIRTON DE CARVALHO

ISABEL MARIA DA CONCEIÇÃO

MARIA SARA

MARLENE ARAÚJO DE SOUSA