O Brasil registrou 1.553 casos de sarampo até esta terça-feira (28), segundo atualizou o Ministério da Saúde. A maior parte desses registros ocorreu no Amazonas, com 1.211 infecções, sendo que 6.905 suspeitas ainda estão sob investigação pelos órgãos de saúde.
Roraima também apresenta um surto da doença: 300 casos foram registrados, com 70 ainda em investigação. Outros estados também apresentaram casos, mas o governo ainda não classificou como “surto”.
Dia extra contra a vacinação
A Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo e a Poliomielite deve terminar nesta sexta-feira (31). Mesmo assim, os estados que não atingiram a meta de cobertura vacinal de suas crianças deverão abrir seus postos de saúde neste sábado (1º) para mais um ‘Dia D’ contra essas duas doenças. Até esta terça-feira (28), 3,3 milhões de crianças não tinham recebido uma dose.
A meta do Ministério da Saúde é vacinar pelo menos 95% das 11,2 milhões de crianças independentemente da situação vacinal e criar uma barreira sanitária de proteção da população brasileira. Todas as crianças com idade de 1 até 5 anos devem comparecer nas unidades de saúde – exceto as que já se vacinaram contra as duas doenças nos últimos 30 dias.
O único estado que cumpriu a meta foi o Amapá com 99,81% para a pólio e 99,43% para o sarampo. Os estados com pior cobertura são Rio de Janeiro, com 51,2% para pólio e 52,4% para sarampo, e Distrito Federal, com 54% pólio e 53,7% sarampo.
A campanha tem por objetivos:
Vacinar quem nunca tomou a vacina;
Completar todo o esquema de vacinação de quem não tomou todas as vacinas;
Dar uma dose de reforço para quem já se vacinou completamente (ou seja, tomou todas as doses necessárias à proteção).
Esse tipo de campanha que inclui o reforço da dose, informa o Ministério da Saúde, acontece de quatro em quatro anos e já estava prevista no orçamento da pasta. Esse ano, no entanto, a campanha é ainda mais importante dada à volta da circulação do sarampo no território brasileiro e a ameaça da poliomielite.
Quem deve ser vacinado?
Contra a poliomielite: crianças de 1 até 5 anos independentemente de quantas doses já tomou. Em casos de nenhuma dose, será aplicada a Vacina Inativada Poliomielite. Em caso de uma ou mais doses, será aplicada a Vacina Oral Poliomielite, a famosa “gotinha”.
Contra o sarampo: crianças de 1 até 5 anos independentemente de quantas doses já tomou.
Não devem ser vacinadas: crianças de 1 até 5 anos que tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.
Em relação à paralisia infantil (poliomielite), trata-se de uma precaução, já que 312 cidades estão abaixo da meta preconizada para o controle da doença e um caso foi registrado na Venezuela em junho. Não há, contudo, casos de paralisia infantil no Brasil.
O país erradicou a poliomielite do território em 1994; já o certificado de eliminação do sarampo havia sido alcançado em 2016.
O ministério informou que para a poliomielite, as crianças que não tomaram nenhuma dose durante a vida, receberão a Vacina Inativada Poliomielite. Já os que já tiverem tomado uma ou mais doses da vacina, receberão a Vacina Oral Poliomielite, a famosa “gotinha”.
Em relação ao sarampo, todas as crianças receberão uma dose da vacina Tríplice Viral (que também protege contra caxumba e rubéola), seja qual for a situação vacinal, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos trinta dias.