Preso desde 2016 pela Lava-Jato, o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) conseguiu reduzir em oito meses a pena que tem que cumprir por ter sido condenado a 14 anos e seis meses de prisão no caso que envolve a compra, pela Petrobras, de um campo de petróleo em Benin, na África.

Para conseguir o benefício, o ex-presidente da Câmara dos Deputados fez cursos à distância de mestre de obras e agricultura, escreveu resenhas de livros como “O Estrangeiro”, de Albert Camus, e entregou quentinhas na cadeia.

Com a redução da pena, a defesa de Cunha quer, agora, pedir a progressão para o regime semiaberto, aquele em que o preso pode sair da cadeia para trabalhar ou estudar.

Mesmo que os advogados consigam uma decisão favorável, Cunha não deve sair agora, já que é alvo de mais dois mandados de prisão preventiva em outros processos que investigam corrupção e obstrução à Justiça.

Para comprovar que fez os cursos, o ex-deputado apresentou diplomas do Insituto Universal Brasileiro, que oferece ensino à distância.

O Globo