A escolha do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), como candidato a vice-presidente facilitou a vida do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, na opinião do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).
Ao lado do tucano e referindo-se a ele como presidente, em fala à imprensa em Belo Horizonte, Maia alfinetou a composição petista para as eleições.
“Liderados por Alckmin vamos pedir votos em todos os municípios e com a certeza de que vai ser fácil, viu, presidente? Porque com Fernando Haddad vai ser muito fácil comparar o que ele fez em São Paulo e o que o senhor fez. E aí a população do Brasil, conhecendo o que cada um fez, vai poder escolher aquele que fez mais, aquele que tem mais experiência e aquele que será o próximo presidente do Brasil”, disse.
Há dois anos, Haddad não conseguiu se reeleger prefeito da capital paulista, tendo sido derrotado, no primeiro turno, por João Doria (PSDB), afilhado político de Alckmin. No domingo (5), ele foi escolhido, com o aval de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para ser vice na chapa do ex-presidente, que concorre ao Planalto mesmo preso em Curitiba após condenação por corrupção. Caso Lula seja impugnado antes do primeiro turno, Haddad o substituirá como cabeça de chapa e Manuela D’Ávila (PCdoB) assume a vice.
Alckmin e Maia estiveram reunidos nesta segunda (6), em Belo Horizonte, para anunciar que Rodrigo Pacheco (DEM) desistiu de sua candidatura ao governo de Minas para concorrer ao Senado na chapa de Antonio Anastasia (PSDB), unificando o palanque do presidenciável tucano num estado considerado estratégico.
O ex-governador também comentou a escolha de Haddad, lembrando justamente das derrotas do PT em São Paulo, estado governado pelo campo tucano de 1995 a abril deste ano.
“Nós sempre enfrentamos o PT, sempre foi o nosso adversário desde o início da fundação do partido. Sempre o derrotamos lá em São Paulo e vamos trabalhar para vencermos. Não uma vitória de natureza pessoal contra quem quer que seja, mas para recuperar o Brasil”, disse.
Alckmin ironizou ainda o número 13, que representa o PT nas urnas. “Foi muito triste o 13: os 13 anos anos de PT, os 13 milhões de desempregados, empresas fechadas, um quadro dramático. Eu diria que depois da Segunda Guerra Mundial, talvez tenha sido uma das recessões mais profundas e maiores.”
Fonte: Folha Press