Devido à greve dos professores do Estado do Piauí, o ano letivo poderá ser anulado em todo o Estado. A categoria reivindica o reajuste salarial de 6,81% aos docentes e 3,95% aos demais trabalhadores da educação. A greve começou em fevereiro deste ano. Após um acordo com o governo, as atividades letivas foram retomadas. Porém, segundo a acategoria o acordo não foi cumprido. Em junho, decidiram prosseguir com o movimento paredista.

Hoje, a greve já passa dos 60 dias. De acordo com a Lei 9.394/1996 de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o ano letivo deve ter no mínimo 200 dias. Isso significa dizer que 30% do calendário acadêmico das escolas públicas do Piauí está comprometido.

Segundo Kassyus Lages, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte), há grandes possibilidades do ano letivo ser cancelado devido as dificuldades para cumprir o calendário acadêmico. “Tudo depende de como o poder público se manifestará. Estamos correndo contra o tempo e não é nosso desejo perder o ano. O calendário acadêmico precisa ser cumprido, só passar trabalhos não resolve o problema ”, completa.

Kassyus afirma que o movimento paredista tende a continuar até obter resposta do governo. “Essa é uma luta importante, se não lutarmos, a tendência é que daqui a algum tempo não reste nada nas escolas públicas. A sociedade tem o direito a educação de qualidade e os profissionais a um salario justo”, completa.

Em junho, o Sinte-PI ajuizou uma ação pedindo que a Justiça determine que o Governo cumpra o acordo salarial feito em março. Os trabalhadores em educação aguardam a decisão da Justiça. Em assembleia, na última terça-feira (24), a categoria decidiu dar prosseguimento ao movimento. Os trabalhadores planejam uma nova reunião dia 01 de agosto para decidir sobre o movimento.

O Dia