Quando o nariz entope, muita gente recorre ao descongestionante nasal para aliviar o incômodo. Entretanto, o uso contínuo pode trazer consequências para a saúde. Em excesso, o descongestionante pode provocar lesões na mucosa. Isso gera uma dependência do medicamento, o que impacta em riscos cardiovasculares, como taquicardia e angina. E por que viciamos nos descongestionantes? Quando pingamos o descongestionante, os vasos se contraem, desincham e sobra mais passagem do ar. O problema é que logo os vasos voltam a inchar e o nariz entope de novo. Com o tempo a pessoa vai precisar de doses cada vez maiores para o remédio fazer efeito. Em criança, o uso do descongestionante pode até matar, por isso não é indicado. A superdosagem pode levar a reações cardiovasculares e até a um choque, com falta de ar e parada cardíaca. “Ele pode aumentar a pressão da criança a nível muito alto, inclusive atrapalhando a circulação”, explica o pediatra e toxicologista Anthony Wong.

Mesmo quando o remédio é receitado para a criança, os pais devem ficar atentos aos sintomas de superdosagem ou reação alérgica. “Vai ter palidez, sonolência ou agitação extrema, irritabilidade e alguma alteração de comportamento, fora do usual”, completa Wong. De acordo com os médicos, a melhor maneira de limpar o nariz é com soro fisiológico a 0,9%. Duas vezes ao dia (manhã e noite) são suficientes para uma pessoa saudável, sem rinite ou qualquer outra inflamação, manter o nariz limpo e descongestionado. A higiene também pode ser feita durante o banho. A água e o calor ajudam a amolecer as crostas e facilitam a limpeza.

G1