Uma descoberta, ao acaso, pode revelar um novo sítio arqueológico em Barras, município a 119 km da capital. Um cachimbo de pedra com um rosto esculpido foi encontrado em meio a um terreno que havia acabado de ser arado por um trator para plantio. A descoberta foi feita na localidade de Espingarda, a cerca de 10 km da zona Urbana da cidade.

O geógrafo João Barbosa Neto, localizou o artefato e o levou à Universidade Estadual do Piauí, onde o professor Assis Carvalho, identificou como um possível objeto pertencente a tribo dos Alongazes, indígenas que teriam habitado a região, milênios atrás. Segundo o professor, vestígios já encontrados na região datam em mais de oito mil anos, o que o leva a crer que a nova descoberta tenha em média 5 mil anos.

“Tenho duas machadinhas de pedra já localizadas nessa mesma região, datadas de oito mil anos atrás. Este cachimbo já é uma peça com riqueza de detalhes e pode ter pertencido a tribo dos Alongazes, que povoaram essa região há pelo menos oito mil anos. A tribo deu nome ao rio, hoje chamado de Longá e por volta de 1730 começaram a ser extintos trabalhando para fazendeiros da região”, conta o pesquisador.

O artefato será levado ao setor de arqueologia da Universidade Federal do Piauí onde será submetido a testes para precisar a datação da peça. Segundo o professor, com a tecnologia disponível no Estado, já será possível até identificar o tipo de fumo utilizado na peça.

“Essa região pode abrigar um grande sítio arqueológico e minha intenção é trazer um grupo de arqueólogos para realizar uma escavação pois com certeza houve um aldeamento as margens do rio Longá que pode ter deixado muitos vestígios”, pontua o professor.

Cidade Verde