A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, no dia 11 de junho, uma nova indicação para o medicamento Keytruda (pembrolizumabe). Agora, a droga poderá ser usada juntamente com a quimioterapia como tratamento de primeira linha para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas metastático.

A droga já era aprovada no Brasil para melanoma avançado (tipo mais agressivo de câncer de pele), carcinoma urotelial (tipo de câncer de bexiga) e câncer gástrico.

O remédio tem como alvo a proteína PD-1, que aparece na superfície das células de defesa e impede que elas reconheçam e ataquem o tumor.

Com a droga, o tumor sistema imunológico passa então a reconhecer o câncer como invasor e a atacá-lo.

A Anvisa afirma que foi a primeira autoridade reguladora a aprovar tal indicação com base nos resultados disponíveis em estudo de fase 3 (Keynote-189).

O medicamento faz parte do grupo dos imunoterápicos, que têm mudado radicalmente o tratamento do câncer nos últimos anos. A estratégia que tira o disfarce do câncer e faz com que o próprio organismo combata a doença trouxe excelentes resultados para tumores sem muitas opções terapêuticas com menos efeitos colaterais.

Agora, como a aprovação da Anvisa deixa claro, o uso de múltiplas drogas ao mesmo tempo parece ser a próxima fronteira para combater a doença.

Em 2011, a droga ipilimumabe foi o primeiro imunoterápico aprovado contra o melanoma nos EUA e a responsável por gerar todo o entusiasmo com essa classe de medicamentos.

As drogas inovadoras, porém, ainda esbarram no alto custo. O valor do tratamento pode chegar na casa das centenas de milhares de reais.

Folhapress