No Piauí, seis pessoas morreram vítimas de acidentes no trabalho nos primeiros meses de 2018. Quatro das mortes ocorreram no setor da Construção Civil. O número é metade do total de mortes durante todo o ano de 2017. A procuradora do Trabalho no Estado, Maria Elena Rego, diz que os dados são preocupantes e poderiam ter sido evitados.
“O número é preocupante pois nos alerta que o que temos feito não tem reduzido o número de acidentes. O dia a dia nos mostra que os acidentes acontecem sempre em razão do descaso. Não são obras do acaso. São previsíveis e evitáveis”, alerta Maria Elena Rego.
Quase todos os acidentes de trabalho estão relacionadas a situações que envolvem altura. Para diminuir os índices, a procuradora diz que as empresas devem adotar uma cultura efetiva de prevenção de acidentes e gerenciamento de riscos.
“Muitas empresas continuam trabalhando com o improviso. Os programas de controle de risco e de acompanhamento da saúde do trabalhador são considerados entraves para a produção. O que acontece na prática é que esses programas são elaborados apenas para mostrar para a fiscalização, depois são engavetados e as empresas não cumprem o que está descrito. O resultado disso são mortes, lesões e adoecimentos, um prejuízo para todos”, alerta Rego.
Maria Elena Rego destaca ainda outra consequência do número do acidentes.
“A situação reflete também em prejuízos a economia. Nos três primeiros meses de 2018, a Previdência gastou com tratamento de saúde e pagamento de benefícios a acidentados cerca de R$ 1 bilhão”, alerta a procuradora do Trabalho.
Em todo o país, durante o mês de abril, foram desenvolvidas ações em memória das vítimas de acidentes de trabalho.
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