Dados da Previdência Social revelam que 191.118 trabalhadores no Piauí foram afastados no ano de 2017 em decorrência de doenças do trabalho. Desse total, 4.130 foram por doenças relacionadas ao sistema nervoso. As informações foram divulgadas no Seminário Sobre Segurança e Prevenção de Acidente de Trabalho (CANPAT 2018), na manhã desta quinta-feira (26), no auditório da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho.
Segundo a auditora fiscal do trabalho e coordenadora da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Tabalho (CANPAT), Flávia Lorena Lopes, outro dado preocupante é em relação ao número de mortes ocorridas este ano, que já chegam à metade do número registrado no ano passado. “Já são 6 mortes, sendo 4 delas na construção civil. Não chegamos nem ao meio do ano e já tivemos a metade do número de mortes ocorridas no ano passado. Se continuarmos assim, a situação vai ficar bem trágica”, enumera.
Durante todo o mês de abril foram realizadas diversas ações de fiscalização com foco em obras da construção civil, totalizando 24 obras fiscalizadas, de 31 empresas. O trabalho resultou em 28 interdições e 17 embargos parciais ou totais. “Somente em 15 dias pudemos ver de perto as péssimas condições de trabalho de uma média de 800 trabalhadores na capital. Verificamos de forma contínua a falta de sistema de proteção coletiva e individual contra queda, falta de escada de acesso, planejamento inadequado, falta de qualificação e treinamento, falta de isolamento adequado, entre outros tantos problemas”, afirma Flávia Lorena Lopes.
Evolução do quantitativo de mortes por acidentes de trabalho no Piauí
2012 – 16 mortes
2013 – 18 mortes
2014 – 9 mortes
2015 – 10 mortes
2016 – 8 mortes
2017 – 12 mortes
2018 – 6 mortes (até março)
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