Em 2017, o Piauí foi o segundo colocado no país quanto ao percentual de domicílios que receberam transferência através do programa Bolsa Família, com 34,3%, o que representa 347.341 domicílios do estado. O estado com maior percentual de domicílios que tiveram acesso àquele programa foi o Maranhão, com 37,4%. Por sua vez, o estado com menos domicílios atendidos pelo Bolsa Família foi o de Santa Catarina, com 2,4%.

As informações são do estudo do Instituto Brasileiro de Pesquisas e Estatísticas do Estado do Piauí (IBGE), baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que investiga, regularmente, informações sobre os rendimentos provenientes de todos os trabalhos, bem como também de outras fontes de renda das pessoas residentes nos domicílios.

O IBGE divulgou, na quarta-feira, que a pesquisa sobre os Rendimentos de Todas as Fontes, onde, além de tratar da renda obtida pelo trabalho, deu destaque às outras fontes de renda do brasileiro, aquelas provenientes de aposentadoria, pensão de previdência pública, aluguéis, seguro-desemprego, pensão alimentícia, transferências do Bolsa Família, benefício de prestação continuada (LOAS), dentre outras.

Analisando-se os dados do Piauí no período 2016 a 2017, percebemos, no que toca à renda obtida pelo trabalho, que houve uma queda da ordem de 5,63% na renda média do piauiense, tendo passado de R$ 1.367,00 para R$ 1.290,00. No Brasil a maior renda média em 2017 foi a registrada no Distrito Federal, com R$ 4.065,00, seguida do estado de São Paulo, com R$ 2.820,00. O Piauí detém a segunda menor renda média do país, superando apenas a do estado do Maranhão, que é de R$ 1.226,00.

Ao analisar a renda domiciliar do brasileiro sob a ótica das Outras Fontes de Renda em 2017, ou seja, aquelas que não são provenientes do trabalho (formal ou informal), o IBGE constatou que o estado que detém o maior indicador é o de Alagoas, onde 38,7% da renda domiciliar é proveniente de outras fontes.

Nesse indicador o Piauí ocupa a segunda posição no país, com 37,8% da renda domiciliar. O estado com a menor posição é o Amapá, onde apenas 14,4% da renda dos domicílios advém de outras fontes de renda.

29% da renda vem de pensão ou aposentadoria

Ao abrir com detalhe as outras fontes de renda, o estudo mostra que quanto à participação da renda de aposentadoria e/ou pensão na renda dos domicílios, o Piauí aparece como o estado com o maior indicador, onde em média 29,5% da renda dos domicílios piauienses advém daquelas fontes de recursos. O estado do país com o menor indicador é o Amapá, onde apenas 8,2% da renda domiciliar tem como origem aposentadorias e/ou pensões.

Em seguida, dentre as outras fontes de renda que mais se destacaram no Piauí em 2017, vem as transferências através de programas como o Bolsa Família, bem como aquelas oriundas de benefício de prestação continuada (LOAS), que representam 13,6% da renda domiciliar piauiense, sendo o Piauí o estado com o maior indicador no país. O Estado com o menor indicador para esta fonte de renda era o de Santa Catarina, onde apenas 3,8% da renda domiciliar advinha daquelas transferências.

No Piauí outras fontes de renda que se destacaram foram aquelas provenientes de pensão alimentícia e doações, que representam em média 1,4% da renda domiciliar , e aquelas provenientes de aluguéis e arrendamentos, representando em média 0,8% da renda domiciliar.

Fonte: MeioNorte