As obras de construção do novo fórum de Picos foram interrompidas no mês de fevereiro e os trabalhadores, que foram demitidos sem receber salários atrasados e direitos trabalhistas, ainda continuam na mesma situação de pendência, é o que afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Picos (Sintricompi), Tiago Barroso.
A empresa responsável pela obra é a Construtora DANTEC, que, segundo o representante sindical, perdeu a licitação de construção do edifício por conta de irregularidades. A equipe do Grande Picos tentou contato por telefone com a empresa, mas não houve êxito. Há informações de que o escritório da empresa em Picos foi fechado.
“Quando os trabalhadores são demitidos, existem dois tipos de demissão, ou o aviso prévio indenizado ou trabalhado. Ou você trabalha esses 30 dias ou a empresa lhe indeniza esses 30 dias. No caso dessa obra, como não tinha mais obra, pois foi suspensa, a empresa fez uma manobra, um giro para que eles cumprissem esse aviso, vai ser alegado na justiça se foi válido ou não. Até então está sendo cobrado o salário de fevereiro e a rescisão, a demissão desses trabalhadores com FGTS e como outros saldos como 13º e férias pagos nessa rescisão”, explicou Tiago Barroso.
O presidente do Sintricompi falou ainda que foi a Teresina e conversou com o presidente do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), desembargador Erivan Lopes, para saber como estava tramitando a ação do TJ com a empresa. Ele fala que como foi rompido o contrato, os trabalhadores ficaram sem garantias.
“Uma obra que vai resguardar, que vai estar recebendo o conjunto de juízes, de promotores, o seio da justiça aqui em Picos, que teria que ter uma preocupação maior do que teria uma empresa privada e a própria Dantec com esses trabalhadores e nesse sentido a gente foi ter informações e as informações que a gente teve, infelizmente, foram negativas, no sentido de que o contrato não foi estendido justamente por conta de desconfiança do TJ quanto a questão desses pagamentos em dia, de irregularidades das empresas, como também, a empresa não teria dinheiro a receber porque a obra não seria aprovada. Então a gente veio com essa notícia não tão boa para os trabalhadores”, lamentou.
Tiago Barroso disse ainda que os representantes sindicais, junto com os trabalhadores se reuniram em assembleia para buscar alternativas para que eles possam receber seus salários atrasados e direitos trabalhistas. Ele contou ainda que o grupo já está buscando apoio no Ministério Público do Trabalho para que a empresa e a classe entre em um acordo.
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TIAGO BARROSO