O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na quarta-feira, pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que renunciou ao cargo, revelou que nos últimos 12 meses, de dezembro de 2016 a novembro de 2017, o Piauí criou 3.023 novos postos de empregos formais (com carteira de trabalho assinada), o maior do Nordeste, quando, exceto Rio Grande do Norte, todos os Estados nordestinos desempregaram mais do que empregaram.
O Estado do Rio Grande do Norte, que ficou em segundo lugar no Nordeste, criou apenas 47 novos postos de empregos.
Nos últimos 12 meses, o Piauí ocupou o sétimo lugar no Brasil entre os Estados que mais geraram novos postos de emprego. Em primeiro lugar ficou Santa Catarina, com a criação de 24.522 novos postos de empregos, seguido de Goiás, que criou 23.177 novos postos de empregos; do Mato Grosso, que criou 13.139 novos postos de empregos; Minas Gerais, que criou 7.642 novos postos de empregos; Paraná, que criou 4.439 novos postos de empregos e; Tocantins que criou 3.558 novos empregos formais.
De janeiro a novembro deste ano, o Piauí contratou 88.723 empregados e demitiu 83.587 trabalhadores, com a criação de 5.136 empregos formais, ficando na terceira posição do ranking do Nordeste, liderado pelo Rio Grande do Norte (+3.507 empregos) e da Bahia (+12.887).
No mês de novembro, o Piauí perdeu 544 postos de empregos formais, de acordo com o Caged porque fez 7.523 contratações e demitiu 8,067 trabalhadores.
O resultado do Piauí em novembro foi o segundo pior do Nordeste para o mês. O pior do ranking foi a Bahia (-1,146). O melhor resultado da região foi registrado no Ceará: 2.861 novos postos empregos formais criados.
O saldo de empregos formais no Brasil teve resultado negativo em novembro, com uma redução de 12.292 vagas, variação negativa de 0,03% em relação ao estoque do mês anterior. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Foram 1.111.798 admissões contra 1.124.096 demissões no mês passado.
“Esse saldo negativo não significa uma interrupção do processo de retomada do crescimento econômico do país”, disse o ministro Ronaldo Nogueira.
De janeiro a novembro foram criados 299.635 novos postos de trabalho no país, o que comprova que a economia segue em processo de retomada. “A economia está crescendo de forma gradual. A melhor forma de distribuição de renda é o emprego. Estamos otimistas. O Brasil vai dar certo”, afirma Ronaldo Nogueira.
No comparativo com os dois anos anteriores, o saldo negativo de 12.292 postos de empregos formais em novembro é imensamente menor. Em novembro de 2015 e em novembro de 2016 foram registrados, respectivamente, saldos de -130.629 e -116.747.
No recorte geográfico, as regiões Sul e Nordeste apresentaram crescimento do nível de emprego. O Sul novamente foi o destaque, com 15.181 postos de trabalho (variação positiva de 0,21%), e o Nordeste teve abertas 3.758 vagas (+0,06%). As demais regiões registraram saldo negativo de vagas: Sudeste, com -16.421 postos (-0,08%); Centro Oeste, com -14.412 postos (-0,45%); e Norte, com -398 postos (-0,02%).
Treze das 27 unidades federativas tiveram variação positiva. O Rio Grande do Sul liderou o crescimento com um saldo de 8.753 empregos, puxado pela expansão do Comércio (+4.567 postos), Agropecuária (+3.973) e Serviços (+2.031). Santa Catarina ocupa no mês de novembro o segundo lugar, registrando crescimento de 0,25%, com saldo de 4.995 vínculos empregatícios, motivado pela expansão do Comércio (+5.090 postos), Serviços (+1.592 postos) e Agropecuária (+908 postos). O terceiro lugar ficou com o Rio de Janeiro, que apresentou crescimento de 0,09%, com saldo de 3.038 vínculos empregatícios. Esse crescimento foi motivado pelo saldo positivo de empregos no setor do Comércio (+9.649 postos).
Também foram destaques no mês de novembro: Ceará, com 2.861 postos de trabalho (+0,25%); Alagoas, com a criação de 1.468 empregos (+0,42%); Paraná, com saldo positivo de 1.433 empregos (+0,05%); Paraíba, com 1.256 vagas (+0,32%); Pará, com 729 postos de trabalho (+0,10%); Amazonas, com saldo de 395 vagas (+0,10%); Pernambuco, com 259 novas vagas (+0,02%); Espírito Santo, com saldo de 189 empregos (+0,03%); Roraima, com 143 postos de trabalho (+0,27%); e Sergipe, com saldo de 44 vínculos empregatícios (+0,02%),
Os dados do Caged também mostraram que, no mês de novembro, o salário médio de admissão no país foi de R$ 1.470,08, enquanto o salário médio de demissão foi de R$ 1.675,58. Em comparação aos salários do mês de outubro houve aumento de R$ 5,65 (+0,39%) no salário de admissão e de R$ 0,31 (+0,02%) no salário de demissão. No acumulado de 12 meses, os ganhos reais foram de R$ 53,91 (+3,81%) e R$ 44,48 (+2,73%), respectivamente.
Meio Norte