A Secretaria de Segurança Pública faz um levantamento com o nome e número de processos dos mais perigosos e temidos homicidas e assaltantes do Estado.

A ideia é fazer um raio X dos criminosos para detectar quantas vezes ele foi preso e solto e defender uma subdivisão nos presídios. A proposta do secretário Fábio Abreu é separar os presos de maior periculosidade dos detentos de menor poder ofensivo.

“O indivíduo entra no presídio porque roubou uma garrafa de uísque. Ele vai ficar no meio do indivíduo que roubam um banco. O que acontece? ele vai pegar experiência e termina de lá com a ideia de roubar um banco. Com essa subdivisão nos presídios se evita que o indivíduo que praticou esse tipo de crime vai ficar separado daquele que é mais perigoso”.

Fábio Abreu revelou que a Segurança levantou mil processos de criminosos mais perigosos e estão no ranking dos que mais cometeram crimes. Segundo o secretário, a proposta de subdivisão dos criminosos é uma ação para valer a partir de 2018 tanto para a Segurança como para a Secretaria de Justiça.

“Vamos dividir o preso por classificação e vai ser fundamental nas Secretarias de Segurança e Justiça. Quando digo que o individuo é preso 10 vezes, praticamente pegamos ele no primeiro crime. Se no primeiro ato criminoso ele fosse julgado e condenado ele não iria cometer mais 10. É lógico e básico, mas como ele foi preso e foi liberado, ele voltou a delinquir”.

Processos parados ajudam a crescer violência

Fábio Abreu disse que viu com otimismo a declaração do procurador geral de Justiça que vai priorizar em 2018 a Segurança Pública. O secretário destacou que se o Ministério Público e o judiciário julgassem os processos haveria uma diminuição na criminalidade.

“Quando escuto um promotor dizer vai focar na segurança pública é simples e é prático. É ele analisar todos os processos e esses processos serem julgados. Eu peço é o julgamento dos processos. Se o Ministério Público e o judiciário julgar os processos, você pode ter certeza que há uma diminuição automática na criminalidade, porque o indivíduo vai ficar preso. Não justifica você ter um individuo com 10 processos”.

Para o secretário o atraso no julgamento ajuda na impunidade. “O Piauí é um dos Estados que tem a maior quantidade de presos temporários. Como permanecer com esses indivíduos presos, excessos de prazos vai fazer ele ser solto. A maioria das soltura não é porque foi julgado e inocentado, ele foi solto porque por que se excedeu o prazo”.

“Então, um indivíduo está preso por homicídio não é julgado, ele vai ser solto. O que vai fazer? vai fazer outro homicídio. Fizemos grandes operações e o individuo é preso quase 200 vezes. Isso é notório. A própria Central de Flagrante reflete isso. A diminuição das ocorrências, os criminosos ficaram presos. A partir do momento que começa a serem liberados começa a praticar novamente. É aquela coisa que tenho falado da teoria de Pareto (princípio que diz que 80% das consequências advêm de 20% das causas). 20% dos indivíduos fazem a violência gerar, se conseguirmos atacar os 20% é automático que a gente consegue reduzir a violência. Para fazer a ação é preciso da parceria do Ministério Público para os julgar dos processos”, disse Fábio Abreu.

O secretário aproveitou e criticou a pesquisa do Ministério Público Estadual que aponta a falta de estrutura e de servidores nas delegacias do Piauí. Segundo ele, o levantamento não reflete a realidade.

“Essa pesquisa está fora da realidade. Primeiro ela não tem a data de quando foi feita. Se no relatório entrou Parnaíba está fora da realidade, se entrou Picos está fora da realidade, assim como Floriano…a própria quantidade de delegacia que eles visitaram não refletem a quantidade que nós temos”.
Fábio Abreu disse que todos os relatórios que recebeu dos promotores foram cumpridos ou está na programação de Secretaria.

Cidade Verde