Pagar a conta de luz não é uma tarefa fácil para os piauienses. Além da qualidade do serviço, que constantemente é questionada pelos consumidores, a tarifa ainda é uma das mais caras do Brasil, ultrapassando o valor da média da região Nordeste, que é de R$ 0,51 por quilowatt-hora, e a média nacional, de R$ 0,49 por quilowatt-hora.

De acordo com o Ranking Nacional das Tarifas Residenciais, disponível no site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Eletrobras Distribuição Piauí cobra R$ 0,55 por quilowatt-hora. Esse valor torna-se ainda maior para o consumidor, quando acrescidos tributos e outros elementos que fazem parte da conta, tais como ICMS e Taxa de Iluminação Pública.

O Piauí ocupa o quinto lugar entre as Unidades da Federação onde o valor da conta de luz é mais alto, empatado com o Tocantins. Os primeiros colocados no ranking são os estados de Sergipe, Amazonas, Pará e Maranhão.

No mês de setembro, a Aneel aprovou reajuste de 27% na tarifa. O percentual foi definido levando em conta os recursos necessários para a manutenção da rede elétrica, insumos na geração e distribuição de energia, entre outros.

O aumento já foi sentido pela consumidora Layana Carvalho. Sua conta de luz subiu de R$ 64 para R$ 84 em novembro, embora a média de consumo tenha sido a mesma dos meses anteriores. “É mais dinheiro que temos que arranjar para pagar a energia. E o pior é que a qualidade do serviço não melhora”, afirma.

A principal reclamação dos consumidores é sobre a falta constante de energia. Recentemente, a fotógrafa Dayne Dantas passou cerca de oito sem luz. “Ficou um quarteirão inteiro no escuro, das 22 horas às 6 horas da manhã. É horrível para dormir nesse calor, principalmente quem tem criança”, comenta. O problema é tão frequente, que ela comprou dois ventiladores portáteis, que funcionam através de baterias.

O Portal O DIA entrou em contato com a Eletrobras através da assessoria de imprensa, mas não obteve retorno.

O Dia