Início Destaque Presença de pedintes incomoda comerciantes e pedestres em Picos

Presença de pedintes incomoda comerciantes e pedestres em Picos

Uma situação que se tornou rotineira na cidade de Picos é a presença de crianças e adolescentes pedindo esmolas nas calçadas, uma situação que, para os comerciantes e pedestres, provoca insegurança e incômodo.

É comum ver pessoas que circulam diariamente pela região central da cidade se queixando das constantes abordagens de menores pedintes. Populares relatam que, em muitos casos, os menores estão visualmente sob efeito de drogas e se mostram agressivos quando as pessoas se negam a dar dinheiro.

A situação de vulnerabilidade é acompanhada de perto pelo presidente do Conselho Tutelar de Picos, Raimundo Nonato dos Santos Oliveira. Ele aponta que em inúmeras oportunidades o Conselho Tutelar atuou diretamente nestes casos, indo até estabelecimentos comerciais para recolher as crianças que ficam nas portas pedindo dinheiro e muitas vezes ameaçando os transeuntes. “A partir do momento que eles estão ameaçando, já é caso de polícia, as pessoas devem ligar para a polícia. E quando conduzidos até a Central de Flagrantes é que entramos em ação”, explica.

No cruzamento da Rua Monsenhor Hipólito com a Rua Olavo Bilac, área conhecida na cidade Praça de Alimentação, são comuns pessoas em situação de rua pedindo dinheiro. O local costuma aglomerar um grande público a procura de diversão e lazer nos vários bares, restaurantes e pizzarias ali aglomerados.

Mas além dos pontos onde os pedintes se concentram, Raimundo Nonato lembra que com a chegada das festas de fim de ano a presença e o número de pessoas, inclusive menores, pedindo dinheiro nas ruas do Centro é ainda maior.

Implantação de uma casa de acolhimento

O Conselho Tutelar de Picos há algum tempo busca a criação de uma casa de acolhimento para menores infratores. O espaço seria o local para onde os menores em situação de risco seriam levados.

Os conselheiros contam que já se reuniram com a gestão municipal, Ministério Público e Polícia Militar para discutirem a criação da casa abrigo em Picos. Entretanto, o presidente do órgão afirma que até o momento nenhuma medida foi tomada. Para ele, a casa de acolhimento iria amenizar em pelo menos 90% o número de menores encontrados nas ruas.