A osteoporose é uma doença progressiva de perda de massa óssea, que não apresenta sintomas ou dor, que pode ser prevenida com atitudes simples. Quem explica é a professora de reumatologia da Unicamp, Zoraida Sachetto. De acordo com a profissional, a manutenção de hábitos saudáveis, como a prática regular de atividade física, o consumo de alimentos ricos em cálcio e a exposição moderada ao sol são formas práticas e fáceis de prevenir o problema.
“A osteoporose é silenciosa e às vezes só é feito o diagnóstico quanto o paciente tem uma complicação, uma fratura. O ideal é a prevenção, com a exposição solar dentro dos horários recomendados, a ingestão de alimentos ricos em cálcio e a prática de exercícios físicos”, orienta.
Nesta sexta-feira (20) foi celebrado o Dia Mundial de Combate à Osteoporose. A médica lembra que as mulheres no período pós-menopausa são as maiores vítimas da doença, que também acomete, em menor proporção, homens acima dos 70 anos.
Zoraida destaca ainda que pacientes mais jovens, como mulheres pré-menopausa e homens com menos de 50 anos, devem ficar atentos a alguns fatores de risco da doença, como tabagismo, sedentarismo e uso frequente de alguns tipos de medicamentos.
“O uso de medicamentos anticonvulsivantes, para o tratamento de doenças inflamatórias ou para portadores da doença de Crohn [doença inflamatória intestinal] devem fazer acompanhamento para tentar identificar a doença”, orienta a médica.
Tratamento
O Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp possui um ambulatório para atendimento de doenças osteometabólicas. Por ano, o setor cuida de 600 pacientes.
A médica destaca que o HC recebe casos mais graves, e ressalta que os principais problemas causados pela osteoporose estão na locomoção e bem-estar dos pacientes.
“Os lugares mais comuns das fraturas de quem sofre de osteoporose são a coluna (vértebra) e fêmur. São casos que deixam os pacientes acamados, com limitação de movimentos”, conta.
Além da prevenção, exames laboratoriais e de imagens são usados no diagnóstico da doença, como a densitometria óssea. “É um procedimento importante, pois quanto menor a densidade, maior o risco de fratura”, completa Zoraida.
G1