O trabalho de apreensão dos animais domésticos soltos nas ruas de Picos está paralisado desde a aprovação de uma Lei na Câmara Municipal de Picos que impede a eutanásia dos pets apreendidos.
O coordenador do Centro de Controle de Zoonoses de Picos, Agenor Martins, esclarece que a lei entra em conflito com as ações desenvolvidas pelo órgão. “Esse trabalho de apreensão está provisoriamente suspenso. No início do ano, a associação de proteção dos animais de Picos (APAPI) conseguiu a promulgação de uma lei que de certo modo bate com a lei do Centro de Zoonoses”, explica.
O choque ocorre porque, uma vez impedido de promover a eutanásia dos animais que não forem devolvidos aos donos ou adotados, o órgão não dispõem de condições físicas para acolher os cães e gatos apreendidos.
Martins pontua que as ruas estão cheias de animais soltos, mas que o órgão paralisou a apreensão seguindo orientação da Procuradoria Geral do Município. “É público e notório que as ruas estão cheias de animais, mas a gente tem que respeitar as leis, por isso não estamos fazendo a apreensão. Esperamos resolver esse problema mais rápido possível”, frisa.
Castração gratuita
O gestor também fala sobre o projeto de castração gratuita dos animais que vivem soltos nas ruas da cidade. Para ele, o procedimento resolve a situação parcialmente, uma vez que controla a natalidade, mas não põe fim aos riscos de transmissão de doenças e outros problemas provocados pelos animais. “Ele [o animal] continua como um potencial de reservatório de doenças, podendo até agredir e causar acidentes automobilísticos nas ruas”, avalia.
ENTREVISTA: Agenor Martins – apreensão dos animais