Relatório divulgado nesta quarta-feira (11) pela Unicef e agência da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta o Piauí como 7º Estado da federação brasileira com maior risco de assassinatos de adolescentes.
A pesquisa analisa os homicídios de adolescentes de 12 a 18 anos nos 300 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. Um dado assustador é que o levantamento mostra a “nordestização” da violência. Das dez capitais mais violentas para um adolescente, sete estão na Região Nordeste.
Fortaleza (CE) tem o maior IHA, com 10,94 homicídios para cada grupo de mil adolescentes, seguida por Maceió (9,37). As cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo registraram a 19ª e a 22ª posição entre as capitais (2,71 e 2,19, respectivamente).
Pelo levantamento, a RIDE de Grande Teresina apresentam um aumento da incidência de homicídios na adolescência e esta tendência é mantida até o final da série.
Teresina é a 8ª capital com risco de morte para adolescentes.
O cálculo dos riscos relativos atesta a influência de sexo, cor, idade e meio utilizado no homicídio na probabilidade de um adolescente ser vítima de violência letal. Em 2014, os adolescentes do sexo masculino tinham um risco 13,52 vezes superior ao das adolescentes do sexo feminino, e os adolescentes negros, um risco 2,88 vezes superior ao dos brancos. O risco de ser morto por arma de fogo é 6,11 vezes maior do que por outros meios.
Dados tirados do estudo:
Em 7 anos, 43 mil adolescentes podem ser assassinados nos grandes municípios brasileiros entre 2015 e 2021;
Assassinatos de adolescentes batem recorde histórico no Brasil – para cada 1.000 adolescentes que completam 12 anos, 3,65 morrem vítimas de homicídio antes de chegar aos 19 anos.
Das cinco Unidades da Federação com maior IHA, quatro eram do Nordeste (Ceará, Alagoas, Bahia e Rio Grande do Norte) e uma do Sudeste (Espírito Santo);
A região Nordeste apresentou o índice mais elevado: 6,50. Dessa forma, se as condições encontradas em 2014 se mantiverem constantes, estimamos que, ao longo dos próximos sete anos (2015 a 2021), mais de 16.500 vidas de adolescentes entre 12 e 18 anos, serão perdidas nesta região.
A região Sul (2,32) foi a que apresentou menor IHA, seguida do Sudeste (2,77);
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